quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Aprofundamento sobre Método e anarquismo

Anarquismo e método

Uma questão presente entre alguns metodólogo(a)s e anarquistas é da possibilidade de existir um método próprio que se possa denominar anarquista. Seria fácil fugir da tarefa se afirmamos que o simples ocorrência de existir um método que se está a estabelecer uma hierarquia, por tanto, já não mereceria essa denominação.
É necessário dissipar essa dúvida ao se reafirmar que a hierarquia a que se contrapõem anarquistas é de uma pessoa ou grupo de pessoas oprimindo outras. É no âmbito político e das relações humanas (homem/mulher, educador/educando, sabedor/fazedor, rico/pobre, experiente/inexperiente, forte/fraco ou qualquer outro par dialético com as características de sobrepujamento).
O método anarquista não existe da forma com se imagina ser a aplicação aleatória, inexata, a-objetificante, descompromissada ou ideologicamente definida pelo acratismo (anarquia).
Anarquistas do final do século XIX até a década de 1960 não se preocuparam em criar um método próprio para o fazer científico. Tal não era a preocupação com isso que todos os trabalhos de profissionais anarquistas são marcados pelo método indutivo.
Afirma melhor sobre isso Fernand Pelletier em obra recente, de 2009, não traduzida para a língua portuguesa ao retomar uma polêmica afirmação de Kropotkin com os seguintes dizeres:
Todas [descobertas do século XIX] foram feitas pelo método indutivo – o único método científico. Pois sendo o homem é uma parte da natureza [...] não há, por isso, nenhuma razão para que [...] abandonemos o método que até o momento teve boa serventia, para fazer com que se busque outro dentro do arsenal metafísico. (KROPOTKIN, 1913 apud PELLETIER 2009, p. 157) (tradução do autor).

Esta afirmação extraída por Pelletier demarca algo que já é notoriamente conhecida na geografia que se debruça sobre o pensamento de Elisée Reclus e Piotr Kroptkin. Não querendo simplificar, ambos os dois geógrafos anarquistas seguiam a escola da geografia moderna, apostando na razão e no cientificismo por acreditarem que a ciência seria capaz de esclarecer a humanidade os erros de suas crenças, costumes, preconceitos e ignorância.
Em razão de tão evidente comportamento filiado à ciência não temos bases para debater um método especificamente anarquista nos trabalhos desses dois geógrafos anarquistas. Pelletier, contudo, consegue avançar no tipo de resultado e pensamento anarquista na forma de compreender os resultados dos trabalhos realizados por eles, trazendo para nós avaliações importantes.
A posição de Pelletier se inicia com uma crítica a Paul Feyerabend que é citado em alguns textos como autor importante para a formação de um método anarquista. Pelletier (2009, p.157) avalia que Feyerabend não se apoiou no movimento anarquista para construir seus enunciados e nem considerou as experiências ocorridas na Revolução Russa (1917-1922) ou da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), por isso, esquecendo “[...] as práticas sociais concretas e massivas que dragou intelectuais. Permitindo escamotear os pensamentos próprios que foram a base dessas práticas”. (PELLETIER, 2009, p. 157).
A crítica feita por Pelletier a Feyerabend se estende dizendo que ele apenas compreendeu erroneamente o anarquismo ao assimilar a ausência de lei ou ordem propugnada por anarquistas com o posicionamento de não considerar o sentido mesmo ou razão da existência da lei e da ordem. Se nos afastamos da crítica para entender que Feyerabend lançou uma provocação pertinente, ainda assim, isso não nos oferece uma solução para que tipo de pensamento se coloca diferente em intelectuais anarquistas em suas assertivas científicas diante das outras correntes comprometidas com a ciência.
A máxima citada de Feyerabend “Qualquer coisa serve” pode ser entendida no sentido literal ou concreto da opção metodológica e a irracionalidade contida nela pode gerar um saber científico, mas tais resultados podem estar menos engajados nas razões e seriedade anarquista, portanto, não serem anarquistas como propositura final. Reflexão de partida anarquista, pode assim, não gerar uma construção teórica engajada com a ação anarquista.

quem desejar o texto completo, solicitar ao meu e.mail -sobregeo@ig.com.br

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Reproduzindo mentiras como verdades

A sociedade depende de auto mentiras para falsas felicidades.

O Autoritário acha que brigar e defender posições é autoritário.

Pode ser!

Mas o silêncio é também severamente autoritário. Embora não pareça.

Anular as próprias  ideias e sentimentos é autoritário, fascista e auto repressor.

Anular-se diante do descabido é autoritarismo.

Ser bonzinhos eternos é autoritário.

A culpa católica diz da outra face, mas nós não multiplicamos pães e peixes mágicos, saqueamos padarias.

A constituição protege quem na seca ou calamidade pública avançar sobre os paiois do capitalismo.

Que poder suporta a turba esfomeada.

Autoritário é calar-se diante da injustiça, pois perdurará a maldade contra as pessoas.

Não fique quieto, não seja nazista de si mesmo com anti-semitismos de si mesmo!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

anarquistas e anjos

anjos são aqueles que não tem sexo.
não envelhecem
que guardam
que não existem

anaquistas....os critícos não anarquistas definem ....

sábado, 22 de dezembro de 2012

Criticos são mais anarquistas que os anarquistas

O seleto grupo de pessoas que visitam este blog acaba sabendo que tenho um papel de espezinhar o poder público local.

Artistas locais acabam se irritando comigo.

Outro dia um desses perguntou que tipo de anarquismo era o meu!?

Ainda há no senso comum duas leituras equivocadas dos anarquistas:

  • bagunceiros desordenados
  • hedonistas libertinos
Anarquistas para esses últimos são como os céticos jovens burgueses que fazem o que querem.

Os anarquistas são em geral pessoas que querem viver bem brigando para que não enfiem as caras deles na bunda de um poderoso sistema.

Eu penso que chutar essas nadegas sujas do poder é a unica coisa tangível para se fazer, o resto é aguentar o tranco das pancadas que voltam!

sábado, 17 de novembro de 2012

Escola da Felicidade, sem muros, democrática, anarquista e comunidade educativa

Escola sem muros ou da felicidade são muito mais comuns e espalhadas pelo mundo do que acreditamos.

Há entre elas as que nem são democráticas.

 Existe inclusive um movimento mundial de escolas democráticas, entre as quais se abrigam as muros e/ou da felicidade.

Essas seguem a máxima de A.S. Neil (Summerhill): "Mais vale um gari feliz doque um ministro de Estado neurótico!"

Há no Brasil um discurso de democracia nas escolas e exemplos das que primam pela felicidade dos seus estudantes, assim, misturando-as com o conceito de escola democrática.

Interessante é que elas tendem muito regularmente a serem despolitizadas. São boas para fazer o ser humano tornar-se bom e feliz.

Incluo isso, até certo ponto, como positivo. Mas também ocorre que a pessoa que quer, é ou busca a felicidade ser um hedonista.

Que essa pessoa simplesmete é feliz por se negar a ver os fatos que possam destruir sua felicidade.

Escola anarquista é uma incoerência, pois se vai escolar alguém, isso já é um tipo de autioritarismo.

Ainda sigo com aqueles que acreditam em comunidade educativa de cunho ideológico anarquista e até algumas religiosas e marxistas inspiradas e praticadas por pessoas que entenderam Paulo Freire.

Embora a pedagogia seja em si a busca da autonomia, reforçar o termo com Pedagogia da Autonomia é menos tosco do que achar que a educação deve deixar todos dopadinhos com a felicidade narcisista.

No momento, não criar um batalhão de neuróticos já seria uma avanço, mas garis revolucionários parece ser mais generoso.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Escola sem Muros em Heliópolis: educação mansa para violentados pobres!

Saiu na TV um exemplo de escola sem muros que se reconfigurou democrática em Heliópolis.

O diretor derrubou os muros externos e alguns internos. Criou proximidade com a comunidade e desmontou o modelo de aula militar.

Efeitos que chamaram a atenção da reportagem era a queda da violência e melhoria da relação entre todos.

O que pensar!?

Isso sempre ocorre em qualquer escola que se pretenda democrática pelo mundo.

O que não foi citado é o posicionamento dos estudantes e professores contra a sociedade liberal ou conservadora.

A escola é anti-violência! Que bom!

Mas seguir uma boa frase de escarnio fará bem também!

Arte inofensiva contra ricos violentos não nos interessa!

Educação agressiva contra patrimônios violentos!

A violência no Brasil tem seu ninho na propriedade da terra, da imprensa, das máquinas e de nossas vidas!

Essa violência não tá na TV Bobo!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Anarquismo Padrão

Não há um modo padrão de ser anarquista!

Há aproximações que os identifica, uma delas é deixar de ser um bundão falastrão!

Sim há uns caras que teorizam, teorizam, teorizam.....zzzzzzzzzzzzzzzzzzz

A ação direta é o pilar, assumir teu eu e tua individuação são o cerne!

Há quem queira salvar a humanidade! Há os que satisfariam salvar a si do banal!

Cada um faz o que pode, mas podendo, faça você mesmo!

teorizzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz