Caros,
Agora a tecnologia é cara? O que importa é o professor!? Leia-se e perguntem-se: para que serve essa escola que eles estão pensando?
Por
- iG São Paulo
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Professor de Educação e Ciência da Computação de Stanford diz que compra de equipamentos é medida popular, mas muitas vezes gera desperdício
A compra de computadores e, mais recentemente,
tablets por governos é uma forma de desperdício de dinheiro. A afirmação
que pode parecer de algum avesso à tecnologia, pelo contrário, é do
professor da Escola de Educação e do Departamento de Ciência da
Computação da Universidade de Stanford, Paulo Blikstein. “Para cada
dólar investido em tecnologia é preciso nove dólares para treinar para o
uso”, diz.
Especialistas de Stanford reunidos em São Paulo
para um seminário da Fundação Lemann falaram na manhã desta terça-feira
(14) dos caminhos para melhorar as escolas e promover a igualdade de
oportunidades. Os principais investimentos apontados foram a formação de
professores e gestores.
Blikstein, brasileiro que dirige o
Transformative Learning Technologies, departamento que desenvolve
tecnologias educacionais em Stanford, afirmou que os governos em geral
fazem planos que possam mostrar resultados durante o tempo de mandato do
eleito e por isso a compra de materiais é um recurso muito usado. “Em
vez de gastar no equipamento e na formação que seria necessária, só a
primeira parte é feita por várias vezes. Então a gente gasta metade do
necessário durante anos e nunca o suficiente para obter a mudança”,
comentou.
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Colega da Faculdade de Educação, David Plank, defendeu o estudo dos resultados dos investimentos atuais na educação brasileira. “É preciso olhar para o aprendizado do aluno e para aquilo que realmente resultou em uma melhora, não adianta espalhar os recursos aleatoriamente”, disse.
Caso: Aluna reclama que não pode usar laboratório equipado
Membro da Academia Internacional de Educação, Martin Carnoy, voltou-se ao básico. “Se eu tivesse que apontar apenas um investimento seguro, eu diria o professor. Todos os estudos apontam que a melhor formação dos educadores é que faz a diferença.”