Esta é uma das frases mais deliciosas de se falar: “Na
escola não se aprende nada!” Esta frase covarde é que animou adolescentes e
pais gostarem da páleo-da reforma do ensino médio empurrada por Temer. Dessa, já sabemos
que é só ampliação do mercado sobre a educação pública, então esqueça a teoria
das reformas necessárias, pois essas não estão em pauta.
Em recente matéria publicada pela BBC intitulada: “80% do
que se aprende nas aulas de matemática não serve para nada”. Nesta matéria que
entrevistam o físico Conrad Wolfram, da Estônia que aceitou suas propostas de
ensino de matemática, criando uma situação que afasta a educação em matemática
dos cálculos à mão.
Neste blog sabem alguns que sigo pelo caminho da Educação
não Obrigatória e que qualquer educação imposta está fadada ao fracasso
pessoal e sucesso do sistema. Os que suportam e superam servirão ao sistema ou
sofrerão o combatendo, mas aceitando o sistema. Os que não superam, acabam se
sentindo um trapo e fogem do combate.
A paleo-reforma do ensino médio do Brasil é paleo porque
algo semelhante já foi tentado no passado no pais e malogrado. Este ensino vindo da LDB de 96 com todos os defeitos da educação como, vinha seguindo o caminho para avanços, lentos, mas avançava
democraticamente.
A mudança veio inspirada e discussões de especialistas, mas
empurrada pela mídia e marqueteiros do ensino privado quando superdimensionaram
a educação da Finlândia, retirando dela toda sua história, lutas e empenhos concetos que aqui sabemos será uma caricatura.
Lendo a matéria acima com Wolfran vc perceberá que no fundo
da discussão há a educação como obrigatória como problema e mesmo se ele mudar
para o que ele acha mais útil, mas for obrigatório e não um desejo pessoal do
estudante, tudo permanecerá do mesmo modo.
Duas coisas me cansa nos especialistas em educação de esquerda de direita e de beirada, filósofos
da educação e educadores em geral, persistirem na educação obrigatória, carga
horária em sala de aula e currículo mínimo, básico ou tronco comum. Isso acabou dando em escola sem partido.
No entanto, não adianta romper com essa religião da educação
obrigatória. Insistem em colocar todo mundo, ao mesmo tempo, no mesmo lugar, no
mesmo ritmo, na mesma reflexão, no mesmo parâmetro e criar uma régua para esses
seres de luz, a avaliação, para caminharem progressivamente para obscurantismos
de suas almas.
Carga horária.....e conhecimento.....chegam a sofrer horas
discutindo isso!