terça-feira, 27 de maio de 2014

School Refusals ou fobia escolar: o objetor escolar estudante e professor


No Japão e em outras partes do mundo os repudiadores de escolas têm sido diagnosticados a mais de 10 anos. Algumas estatísticas oferecem números de 26 mil estudantes no ensino fundamental e 108 mil no ensino médio naquele país. Diante disso tem sido criadas escolas livres privadas com intuito e desenvolvimento de metodologias para que as crianças e jovens vítimas dessa fobia conseguirem progredir ao seu tempo na educação possível.

Shure Scholl é uma escola livre que data de 1985 e está entre as pioneiras no Japão que hoje conta com mais de uma centena dessas iniciativas terapêuticas e de reaproximação dessas pessoas de algum nível de instrução. Desde que não seja nada formal, linear, curricular ou com metas de massa. Há em algumas a exigência que ao menos um dia do mês ou da semana a pessoa compareça. Muito comum que essas escolas se apoiem na arte terapia ou terapia ocupacional e que em nada pareçam ou lembrem o ambiente escolar tradicional.

É difícil de diagnosticar, há muita pressão e preconceito, porém, o estado físico da pessoa acometida por essa fobia é tão forte e desesperador quanto uma síndrome de pânico.

No Brasil isso não chama tanta atenção quanto o déficit de atenção e hiperatividade. Deve se notar ainda que entre esses, os que tem a fobia, mas não é diagnosticada. Também deve ser entendido como um capricho de estudantes ricos. No entanto, isso está supra classes sociais, contudo, os ricos vão para terapia e os pobres vão sendo largados pelo sistema tachados como crianças e jovens rebeldes e indolentes ou genericamente chamados de estudantes problemáticos.

O que me chama atenção, para além dos casos agudos de fobia é essa fobia dissimulada, diluída em mal estar e rejeições que fazem as pessoas objetarem a escola, mas se resignarem a permanecer nela sendo espremidas para todo o tipo de processo de enlouquecimento e descrença na própria formação.

Eu uso esse neologismo – objetores escolar – e sem temer o abuso de emparelhar o sentido de objetores do serviço militar, por achar que essa disciplina de massa que a escola formal privada e pública impõe é  parece mais com o preparo militar do que educacional.

Se o índice de suicídio entre jovens e crianças frustrados com seus aproveitamentos escolares não é uma questão brasileira, mas apenas de países ricos isso é preocupante. O olhar para isso é urgente e é prova que além de termos poucas escolas de qualidade também é um sistema gerador de neuroses sérias imperceptíveis.
Hoje eu diria que existem os professores que são acometidos dessa fobia. Eles passam em concursos, lecionam, mas acabam tao fritados pelo sistema que os jogam em funcöes administrativas e outros serviços que não envolvam sala de aula formal.
Esse número é gigante e denota que a pressão e exigência sobre os professores só os fazem mais doentes. Infelizmente os sindicatos centram seus esforços em aumento salarial, reducão de carga horária, aumento das horas de planejamento.....paliativos.