sábado, 19 de dezembro de 2015

Pão Vaginal e a multiplicação dos peixes!




Estava eu no bar vila do Porto ouvindo Sandra Belê. Entra uma moça armada até os dentes de vestido preto esvoaçante e come todos os homens com os olhos..um a um....até que me fita com lascívia e eu retribuo sorrindo com aquela cara clássica de taradão, ingênuo com sorriso amarelo que nunca dá em nada! Tento fazer outra, sei que sempre vai dar errado...sai sempre amarela. Definitivamente não tenho os dons dos machos alfas.

Quando termina o por do sol e vou saindo e algo me toca o cotovelo...dedos finos, mas que me arranha uma pulseira punk de pregos....e para meu espanto era a mulher armada! E me diz: Quero te dar!

Eu acostumado que sou disse: Onde?

Na praça da estação de trem, bem debaixo do relógio do sol que marca o ponto zero onde nasceu João Pessoa!

Tudo estava indo como sempre, eu fazendo aqueles cliches chupando os mamilos que pareciam duas pontas de parafuso, pondo mão aqui e ali como estava escrito nos manuais...e a polícia chegou!

Maravilhada, o que não me chamou a atenção e logo chegaram os gradis de proteção. Já ao amanhecer os primeiros operários e operárias que vinham de Santa Rita cercaram-nos observando!

Pensei!O ser humano quando é tocado pela natureza não se espanta tanto quanto pela rudeza social.

O ventre dela estava crescendo como nos filmes de alienígenas e eu nem sei como eu conseguia ao meio de tantos observadores aquilo que faço debaixo de sete palmos de terra!?

Ela então pediu-me para parar e falou: Pega ai que tá saindo!

E começou a produzir pães!

O chão estava sujo e eu comecei a entregar para as pessoas, elas não brigavam, e cada uma que pegava o pão muquento dos caldos normais ia com seus grupos embora sem qualquer alarde.

Tenho impressão que quando uma mulher fala; Quero dar! O mundo devia parar de respirar!

Até que todos se foram! A polícia retirou os gradis e ela se vestiu daquele jeito que as mulheres trabalhadeiras se vestem e que ainda ajeitando o soutien, sempre fica tortinho!

E eu perguntei-lhe: Ei! E ai?? Com quem você aprendeu isso?

Com Jesus Cristo! Quem mais?

E agora moça?

Ela com aquele olhar pueril feminino e de jocosidade basilar falou suavemente como que dá um pé na bunda amoroso!

Eu multipliquei os pães, não é!? A tua tarefa agora é multiplicar os peixes!