Mayi Rizzo é uma pedagoga argentina que após 10 anos de docência amorosa e dedicada, decidiu colocar o pé na estrada e viajar pela América Latina coletando experiências de educação alternativa.
No face dela se poderá acompanhar seus caminhos, trajetos e postagens em Pupo Cine Viajera.
Partindo de Mendoza (ARG) em abril de 2015 está prevendo chegar até o México e retornar pela costa oeste da América do Sul.
Para isso, adaptou um carro com cama e cozinha e está fazendo isso.
Em João Pessoa ela esteve na Escola Viva Olho do Tempo que trabalha o contraturno da escola integral na área ruro-urbana da cidade e às margens do Vale do Gramame. Visitou a o assentamento Zumbi dos Palmares-Mari para localizar as experiências da escola que construíram com a vivências do Movimento dos Sem Terra e sua pedagogia.
Mayi diz que gosta de todas as experiências e busca entender o que se entende por alternativa nessa educação.
Um de seus pontos de partida da educação é a Emmi Pikler:
“Enquanto aprende a contorcer o abdômen,
rolar, rastejar, sentar, ficar de pé e andar, (o bebê) não apenas está
aprendendo aqueles movimentos como também o seu modo de aprendizado. Ele
aprende a fazer algo por si próprio, aprende a ser interessado, a
tentar, a experimentar. Ele aprende a superar dificuldades. Ele passa a
conhecer a alegria e a satisfação derivadas desse sucesso, o resultado
de sua paciência e persistência.”
Neste sentido, Mayi avalia que parte de nossos esforços de educadores antiautoritários começa antes dos 7 anos, ou seja, a autonomia psicomotora tal como a intelectual não podem ser desassociadas e nem retardadas.
Tal como o machismo, preconceito, xenofobia e outras mazelas sociais devem ser trabalhadas de algum modo, bem antes dos 7 anos, também a psicomotricidade não deve ser roubada das crianças com os exageros de afetos superprotetores do corpo, inclusive da anulação das meninas de seu corpo.
Assim, o mais importante da viagem da Mayi Rizzo, além de suas buscas pessoais, afetivas, existenciais, são as mulheres que esbarram com ela e que ficam muito felizes com os olhos cheios de gratidão e generosidade, ao menos as que eu vi.
Sororidade, amor e apoio feminino.
Ela faz uma pesquisa assistemática, sem ligação com pós-graduação ou com objetivos precisos do que acontecerá depois disso. Uma pesquisadora e tanto.
Juntado a pedagogia, o cinema e a viagem...vendendo seus ímãs de geladeira e aberta a conhecer. Uma Guarani????
Ei!..Enquanto ficamos ronroneando a vida....vai a moça argentina descobrir-se e nos ajudar a nos descobrir.....hoje parte para Natal..Ceará.....Belém..Venezuela.....
Mayi Rizzo
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