Primeira aula pós golpe: Hoje na aula de cidadania vamos ensinar a falar impeachment: Repitam comigo criançada!
...não foi golpe!
De novo!!!
não foi golpe....não foi golpe....não foi golpe!
Foi o que?!?!
immmpeeeeeachmennnnnnt!!
Joãozinho! Diga-me o que aconteceu em 2016!?
Sora! Foi golpe né!?!
Todo processo
ideológico de vitória do golpe deve passar também pela educação.
Uma das lutas que enfrentamos agora é o movimento de escola sem
partido.
Há ataques mais
letais que isso, afinal, é impossível realizar uma escola sem
partido, pois o que mais as pessoas irão ser estimuladas com a
proibição é buscar que fale disso nas catacumbas.
A escola fica sem
partido, as praças, associações e agremiações passam a fazer a
discussão onde queiram. Assim, a demanda da escola sem partido é
uma cortina de fumaça espessa.
Ataca nos mais é a
retirar o direito ao ensino médio gratuito. O ENEM, com sua
defeituosidades também pode sofrer alterações significativas, tal
como a politica de cotas entre outras.
Eles, no entanto,
não sabem ou não imaginam que a escola não é o foco da formação
cidadã, porque nunca foi, nunca será e quem tentar acreditar nisso
está professando alguma fé!
A cidadania na
escola é fruto da cidadania fora da escola e não o inverso como
muitos insistem depositar tarefa tão difícil no passado e
descomunalmente inviável no presente.
A cabeça desse
pessoal funciona acreditando que ensino de música na escola é
estritamente o canto orfeônico e a cidadania cantar o Hino Nacional
todas as manhãs. São vetustos e confundem a servidão religiosa
fundamentalista como padrão de domesticação para a escola.
Uma figura
emblemática nesse escopo é o falecido Cristovam Buarque, que a
título de tentar ser uma mistura de Paulo Freire com Florestan
Fernandes tornou-se um vazio descomunal que será rechaçado até por
aquilo que um dia teve um valor em si.