Escola
Integral uma ova! Distância Integral de pais neuróticos, isso sim!
A.S. Neil dizia que para a criança se livrar do complexo de Édipo
provocado pelos pais, seria necessário separa-lhes dos filhos aos 7
anos de idade. Essa foi uma das provocações mais radicais em
educação que aprendi com a Escola Summerhill na Inglaterra, a
famosa escola da felicidade ou escola sem portas, em que a criança
vive em regime de internato.
Em 2008, quando visitei Summerhill os estudantes eram um terço do
Japão, outro de diversos países e outro da Inglaterra. Dizia-se que
o sistema educacional japonesa é tão repressiva que os pais
preferem se separar dos filhos para que não sofram.
Nessa semana li duas manchetes enigmáticas presentes na mídia
corporativa que adicono os links originais e textos completos no
final desse texto. A primeira que me tocou foi a avaliação da
educação em Cuba que recebeu o reconhecimento de ser a melhor da
América Latina e do Caribe. A segunda matéria, deixei grifada em
alguns trechos para destacar a atenção do leitor, que se trata de
sítio chamado Finanças Femininas e com o título: “Educar bem
os filhos também é investimento”
Ao ler a matéria, em síntese, discorre que uma criança só pode
ser responsável com dinheiro se for criada sem ambivalência entre a
bondade e a repressão dos progenitores (acho melhor não usar a
palavra “pais” tentando ser fiel ao artigo no que tange o seu
caráter domesticador).
Li o artigo preocupado com a palavra investimento. Achei que se
trataria de investir em educação, escolas de qualidade e que na
frente o filho iria render lucros! E é isso mesmo! Sem amarrar e
reprimir adequadamente seus filhos, eles se tornarão irresponsáveis
e volúveis.
Comparando com o artigo sobre a qualidade da educação em Cuba, se
quiser investir em teu filho, mande-o para bem longe de você, para
um lugar que as palavras: investir, contas, decisões tomadas,
influenciar, limites e castigos façam parte da vida deles de outro
modo!
Esses pedacinhos de carne que nasceram de vocês, que andam e falam
merecem outro destino que não seja o matadouro das finanças e dos
investimentos. Manda para Cuba, eles agradecerão! Ah! Não gosta de
poucas liberdades? Estranho!? Qualquer lugar que teu filho ficar
longe de vocês já será ótimo!
Banco
Mundial eleogia o sistema educativo de Cuba como o melhor da América
Latina e do Caribe
Após ler essa matéria sobre Cuba...leia com paixão essa segunda!
http://financasfemininas.com.br/educar-bem-os-filhos-tambem-e-investimento/
Educar bem os filhos também é
investimento
No início de um namoro, as
diferenças de personalidade, por mais gritantes que sejam, são
superadas com mais facilidade. São as mágicas que o amor costuma
fazer. Ao longo da convivência, no entanto, alguns traços
divergentes na personalidade de cada um começam a gerar transtornos
maiores, mas entre uma briga e outra muita gente acaba se entendendo
até chegar ao altar. A questão é que essas diferenças podem
influenciar de forma marcante na educação dos filhos.
Entre vários outros aspectos, um
dos pontos afetados é forma como eles vão aprender a lidar com
dinheiro. Vamos tentar entender de forma mais prática: suponhamos
que você seja a “linha dura” do casal e que seu parceiro seja
mais light. As primeiras divergências começam ainda na infância.
Quando você diz para seu filho que não é para jogar bola dentro de
casa, ele desobedece, quebra alguns enfeites e você o coloca de
castigo. Sensibilizado com a carinha de piedade da criança, o pai
resolve liberá-lo do castigo sem que você saiba. Por um lado, ele
tenta ser bonzinho e ganhar credibilidade com o filho, mas por outro
pode não perceber que está tirando sua autoridade e ensinando ao
filho a ser uma pessoa sem limites.
O mesmo tipo de situação pode
acontecer quando o assunto é dinheiro. Seu filho anda tirando notas
ruins e você opta por suspender a mesada até que ele consiga
reverter a situação. Isso significa tirar dele temporariamente a
fonte de renda para pagar o cinema com amigos, sorvete, passeios no
parque, etc. Da mesma forma como aconteceu com o castigo anterior, o
marido libera uma grana por fora da mesada para que o filho possa
passear com uma namoradinha nova.
A situação também pode
inverter-se. De repente o pai da criança é mais firme e você seja
compreensível demais e vive dando um jeito de tirar seu filho das
enrascadas que ele mesmo cria. A grande questão é que esse tipo de
atitude não costuma levar em consideração as implicações
posteriores. Se vocês não buscarem uma forma coerente de dar
limites aos filhos, de forma que ambos possam respeitar e serem
firmes com as escolhas que adotarem para punir as atitudes erradas,
como podem cobrar maturidade deles mais tarde?
Se criança ou adolescente ele
aprende que pode continuar dando um jeito para conseguir ter acesso a
dinheiro, ainda que a mesada tenha sido suspensa pelas notas ruins,
ele está aprendendo que não precisa comprometer-se com estudo e
responsabilidade para ganhar a própria grana. Se ele foi liberado de
um castigo mesmo depois de ter desobedecido a mãe, está aprendendo
que não tem obrigação de aceitar “não” como resposta.
E ai lá na frente, se o filho
torna-se um adulto irresponsável e pouco comprometido com o trabalho
e com a carreira, que frustra-se facilmente em qualquer situação em
que é contrariado, os pais sofrem em dobro.
Dar uma boa formação aos filhos
não é tarefa fácil, mas exige um comprometimento muito sério em
todas as etapas da vida deles. Se você e o pai da criança estão
tendo problemas quanto a isso, é hora de tentar achar um meio termo
entre o lado muito rígido de um a postura mole demais do outro. O
importante é que no fim das contas vocês saibam respeitar as
decisões tomadas e que pensem a longo prazo quando precisarem
dar aos filhos algum tipo de correção.