Leiam com sabor sádico e cínico o que a mídia acha legal! isso para não dizer que Reclus era um imbecil!
Dia 16 de abril, das 14h até as 18h será realizado a continuidade dos debates sobre pedagogia do risco na FCT Unesp em Presidente Prudente.
Local: Anfi I.
E dia 23 de abril será realizado o curso noturno, das 19h as 22h, local a confirmar
https://www.youtube.com/watch?v=U0XQOOttbco
Conheça os conceitos que vão mudar a escola e o aprendizado
Em evento em São Paulo na semana passada, exemplos de modelos de ensino inovadores dos Estados Unidos mostram como será a educação do futuro
“Na sala de aula, cada um é diferente e aprende de forma
diferente”. A afirmação feita por Joel Rose, cofundador e diretor
executivo da New Classrooms Innovation Partners, em evento em São Paulo
na semana passada sobre novos modelos para o ensino público, é senso
comum entre professores e o desafio principal de quem pensa e trabalha
pela educação do futuro.
No Transformar 2013, que reuniu mais de 800
pessoas, entre educadores, gestores e empreendedores, exemplos concretos
norte-americanos de escolas inovadoras – e bem sucedidas – mostram que
já é possível personalizar a aprendizagem e como não há apenas um modelo
para fazer isso.
Conheça conceitos que vão transformar as escolas (e onde foram aplicados):
Personalização
– Entender as necessidades de cada estudante é o diferencial da School
of One, uma plataforma criada para escolas de Nova York por Rose e
Christopher Rush e que tem a tecnologia como principal aliada para a
tarefa. Baseado em uma avaliação feita no início do ano, o sistema
elabora um mapa de habilidades e plano de estudos individual.
Mas para
isso, utiliza experiências de outros alunos. Um enorme repositório de
lições está disponível e o banco de dados prevê que tipo de atividade é
mais adequado ao perfil de cada um. “A melhor maneira de aprender pode
ser com aulas online, em grupos ou estudando sozinho. O nosso algorítimo
usa as experiências já aplicadas para identificar isso”, explicou Rose.
Uma receita parecida é usada no grupo de escolas Summit, na Califórnia
, na qual os estudantes também passam por uma avaliação no início do
ensino médio, para elaborar um plano de estudos de acordo com seus
objetivos de carreira. A tecnologia, novamente, é usada para avaliar em
todos os momentos o que cada aluno já aprendeu e se já está pronto para
aprender mais. “Cada um segue no seu ritmo”, contou a diretora executiva
da rede, Dianne Tavenner.
Entrevista com Tavenner:
“É possível educar todas as crianças em alto nível”
Plataforma adaptativa – Para proporcionar o ensino personalizado, existem plataformas tecnológicas de ensino online que ajudam a elaborar e entregar os conteúdos necessários para os diferentes tipos de alunos. José Ferreira, fundador da Knewton, ferramenta que fornece lições de matemática, diz que o volume gigante de informações – maior que o do Facebook – que sua base de dados oferece revoluciona o ensino. A plataforma mostra ao professor com agilidade o que os estudantes aprendem, quando erram, no que tem dificuldades e como aprendem e ajuda a elaborar aulas.
Ensino híbrido
– A sala de aula já não tem mais um professor falando em frente ao
quadro negro e alunos sentados em carteiras organizadas em fileiras
iguais nas oito escolas públicas gerenciadas pela ONG New Classrooms, de
Joel Rose. Para que cada um possa aprender do seu jeito, também é
realizada uma mudança física e os alunos sentam nas mais variadas
formas: sozinhos, em grupos pequenos ou grandes, em frente a
computadores ou usando material impresso. No espaço reorganizado, fazem
atividades distintas, algumas online e outras, não.
Para que esse modelo
híbrido funcione, o papel do professor também muda para o de mentor.
Segundo Tavenner, das escolas Summit, os docentes acompanham as
atividades realizadas em um espaço grande, sem paredes, e orientam os
alunos de várias formas: resolvendo dúvidas, questionando, provocando
debates, orientando atividades e projetos.
Engajamento
– O interesse das crianças é o ponto de partida para o aprendizado na
escola de ensino fundamental Quest to Learn, em Nova York. Apoiada pelo
Instituto of Play, um estúdio de design sem fins lucrativos liderado por
Brian Waniewski, a escola constrói o engajamento dos alunos através de
jogos. Segundo Waniwski, a lógica dos videogames é apropriada para o
aprendizado porque proporciona um ambiente com regras, nas quais há
etapas a serem vencidas, mas que tolera erros. E mais: oferece feedback
constante. Para usar esses elementos, o Instituto of Play tem
profissionais especializados em criar jogos educativos que dão suporte
aos professores e incentiva também os alunos a inventarem os seus
próprios.
Outra forma de promover o engajamento é conectar o ensino com a
realidade. Essa é a aposta de Melissa Agudelo, reitora de admissões do
grupo de 11 escolas High Tech High, de São Diego. “Os alunos precisam
ver sentido no que aprendem”, diz. Nas escolas, há muitas atividades
práticas, os alunos saem da sala de aula e têm experiências na
comunidade e precisam resolver problemas reais.
Educação por projetos
– O fim da grade de disciplinas separadas é uma das experiências das
escolas High Tech High para tornar o aprendizado mais relevante aos
alunos. Segundo Agudelo, os estudantes não são divididos por série,
nível de habilidade e aprendem vários conteúdos integrados. Para isso,
os professores estimulam alunos a desenvolverem projetos, solucionar
problemas, nos quais precisam usar vários tipos de conhecimento. Nesse
caso, professores de áreas diferentes se envolvem com os mesmos
projetos.