terça-feira, 26 de novembro de 2013

Anarquismo e an-historicismo: questão de método

Alguns anarquistas, embora tenham colaborado ou aceitem o materialismo histórico, outros negam a mitificação e a mistificação da história como elemento fundante de uma análise radical da sociedade.

Isso coloca os anarquistas em plano distante de positivistas cronológicos, como de materialistas históricos.

Esses anarquistas parte da consideração que a história é uma invenção, não os fatos!

Mas os fatos são fatos ou são ocorrências passíveis de interpretações e seus interpretes?

Quem dá o direito e a legitimidade sobe algo ficcional??

Claaaaaaaaaaaaro, não cair na desistorização e negar a brutalidade do opressor, pois o sangue está esparramado nas paredes e nos paredões e são inegáveis os processos fraudulentos e mentiras contra o povo e suas revoltas.

Mas ao tirar a história oficial das mãos da elite, não significa que seus novos guardiões merecem a intocabilidade.

Ladrão que rouba ladrão não tem perdão!

Mas como método? Como recorrer à uma história que não seja minha refém, de minha ética, de minha ânsia de justiça e livre de meus defeitos piores????

É ficção! Como trabalhar com a invencionice se o suor do trabalhador ainda escorre para o funil da mais valia global!::::?????

Eis a tarefa que nos coloca fora do materialismo histórico disfarçado de positivismo bonzinho.