terça-feira, 19 de novembro de 2013

Élisée Reclus: um geógrafo de exceção


  Realizei uma tradução informal do artigo abaixo e se alguém desejar, posso enviar na íntegra.
só pedir ao meu e.mail 

"sobregeo@ig.com.br"

Élisée Reclus: um geógrafo de exceção1

por Béatrice Giblin


Resumo:
Na imensa obra de Reclus não é impossível desassociar o geógrafo do libertário2. Seu projeto não é o de inventar uma sociedade ideal, mas de mudar verdadeiramente o mundo, elucidar as múltiplas formas de opressão que impedem o desabrochar de uma sociedade justa. Portanto, é necessário compreender e explicar o mundo tal como ele se apresenta. O que traz interesse, ainda hoje, na leitura da obra de Reclus, são as passagens em que ele se dedica às relações de poder e ou dominação3. Reclus acreditava que só seria possível uma sociedade universal, justa, onde cada indivíduo seria respeitado e será respeitado por outros uma vez que os homens se desembaraçassem dos opressores, dos monopolistas e entre outros do Estado, fonte de autoridade e de poder, logo, de dominação4. Esta posição política, a priori é totalmente distinta da que se aproxima a Hérodote, já que a nação e em certa medida o Estado são conceitos que estimamos fundamentais para a análise geopolítica.5
Mas o que nos aproxima de Elisée Reclus, é a vontade de decifrar o mundo com honestidade, de não mascarar, na medida em que somos conscientes daquilo que nos incomoda.6
« Eu percorri o mundo como um homem livre....»
1Este resumo é informal e não se preocupa com a fidedignidade por mero prazer de parecer mentira. Haverá comentários do tradutor pessoalíssimo apenas para chatear pesquisadores bonzinhos. Os erros não são propositais e as omissões são conscientes e para depois algum bobo refazer a tradução e dizer a famosa frase “embora tenha tido o esforço.....
2No Brasil essa maneira de tratar cirurgicamente a vida política dos teóricos ainda perdura. Fatiando Reclus, geógrafo, do educador e do anarquista. Inclusive o artigo omite todas as obras que eles escreveu e toda sua militância junto ao movimento de pedagogos anarquistas (Fauvre, Ferrer y Guardia e outros). Não se sabe por sadismo, burrice ou falso moralismo. Ranço que o delineamento que Francis Bacon deu para a ciência e até hoje perdura na cabeça de mamão de pesquisadores “sérios” e inodoramente imparciais. Famosos fede nem cheira!
3Justamente essa parte que menos interessa aos estudiosos do pensamento geográfico, dada a delicadeza marxista de excluir o anarquismo como algo definitivamente distinto na história da esquerda mundial
4Do ponto de visa filosófico e dos realistas confortáveis isso é um pensamento infantil e que não faz sentido nenhum no que tange à sociedade.
5Não se pode espera muito de uma revista marxista. E de que nos serve uma análise geopolítica? Sem dúvida que acreditam abrigados no Estado, democrático, é possível ter salário de professor universitário e ficar falando como o espaço e a sociedade sobrevivem na graça da expropriação do trabalho humano. Ainda é mais impressionante que todo discurso de globalização falava contraditoriamente do fim de “um” Estado, pró-social em detrimento de “outro” Estado que se destina as relações de câmbio, troca e proteção das corporações. Boa diversão!
6Giblin é uma pesquisadora honesta. Mas que introdução mais cretina! Confortável, desapaixonada e fatalista! Sem Estado não há geografia!? No final ela retoma essa bobajaiada medrosa e sem sentido.