Realizei uma tradução informal do artigo abaixo e se alguém desejar, posso enviar na íntegra.
só pedir ao meu e.mail
"sobregeo@ig.com.br"
Élisée
Reclus: um geógrafo de exceção1
por Béatrice
Giblin
Na
imensa obra de Reclus não é impossível desassociar o geógrafo do
libertário2.
Seu projeto não é o de inventar uma sociedade ideal, mas de mudar
verdadeiramente o mundo, elucidar as múltiplas formas de opressão
que impedem o desabrochar de uma sociedade justa. Portanto, é
necessário compreender e explicar o mundo tal como ele se apresenta.
O que traz interesse, ainda hoje, na leitura da obra de Reclus, são
as passagens em que ele se dedica às relações de poder e ou
dominação3.
Reclus acreditava que só seria possível uma sociedade universal,
justa, onde cada indivíduo seria respeitado e será respeitado por
outros uma vez que os homens se desembaraçassem dos opressores, dos
monopolistas e entre outros do Estado, fonte de autoridade e de
poder, logo, de dominação4.
Esta posição política, a priori é totalmente distinta da que se
aproxima a Hérodote, já que a nação e em certa medida o Estado
são conceitos que estimamos fundamentais para a análise
geopolítica.5
Mas
o que nos aproxima de Elisée Reclus, é a vontade de decifrar o
mundo com honestidade, de não mascarar,
na medida em que somos conscientes daquilo que nos incomoda.6
« Eu percorri o mundo
como um homem livre....»
1Este
resumo é informal e não se preocupa com a fidedignidade por mero
prazer de parecer mentira. Haverá comentários do tradutor
pessoalíssimo apenas para chatear pesquisadores bonzinhos. Os erros
não são propositais e as omissões são conscientes e para depois
algum bobo refazer a tradução e dizer a famosa frase “embora
tenha tido o esforço.....
2No
Brasil essa maneira de tratar cirurgicamente a vida política dos
teóricos ainda perdura. Fatiando Reclus, geógrafo, do educador e
do anarquista. Inclusive o artigo omite todas as obras que eles
escreveu e toda sua militância junto ao movimento de pedagogos
anarquistas (Fauvre, Ferrer y Guardia e outros). Não se sabe por
sadismo, burrice ou falso moralismo. Ranço que o delineamento que
Francis Bacon deu para a ciência e até hoje perdura na cabeça de
mamão de pesquisadores “sérios” e inodoramente imparciais.
Famosos fede nem cheira!
3Justamente
essa parte que menos interessa aos estudiosos do pensamento
geográfico, dada a delicadeza marxista de excluir o anarquismo como
algo definitivamente distinto na história da esquerda mundial
4Do
ponto de visa filosófico e dos realistas confortáveis isso é um
pensamento infantil e que não faz sentido nenhum no que tange à
sociedade.
5Não
se pode espera muito de uma revista marxista. E de que nos serve uma
análise geopolítica? Sem dúvida que acreditam abrigados no
Estado, democrático, é possível ter salário de professor
universitário e ficar falando como o espaço e a sociedade
sobrevivem na graça da expropriação do trabalho humano. Ainda é
mais impressionante que todo discurso de globalização falava
contraditoriamente do fim de “um” Estado, pró-social em
detrimento de “outro” Estado que se destina as relações de
câmbio, troca e proteção das corporações. Boa diversão!
6Giblin
é uma pesquisadora honesta. Mas que introdução mais cretina!
Confortável, desapaixonada e fatalista! Sem Estado não há
geografia!? No final ela retoma essa bobajaiada medrosa e sem
sentido.