A pedagogia anarquista não foi criada para criar anarquistas, mas foi criada para oferecer a resistência contra o autoritarismo.
Não foi feita apenas para libertar a mente e favorecer as condições de autonomia de aprendizagem, mas para criar um sujeito da própria consciência de um ser e sua intima relação com o coletivo.
Se a pedagogia é apenas anti autoritária ou apenas da autonomia do ser, não será anarquista por isso, mas por decisão do sujeito.
E por isso mesmo a pedagogia anarquista era e será a unica coisa humanitária a ser oferecida aos estudantes num cenário de pandemia como a ocorrida em 2020.
Por que?
Porque os professores foram obrigados a transmutar a odiosa aprendizagem obrigatória para meios virtuais e plataformas de streamming. A traduzir aquela tragédia, pouca coisa se aproveita.
Nunca estudantes em idade tão tenra, pais empenhados ou não na educação de seus filhos, até graduandos perceberam a inutilidade de uma aula obrigatória.
Lutam, brigam, adaptam e ao fim o estrago pedagógico e emocional a todos se evidenciou o que se sabe qualquer sincero filósofo da educação.
Ensino obrigatório, padrão em qualquer situação é uma violência contra a pessoa.
Perdemos nesse ano de 2020 a oportunidade de fazer o melhor.
Criamos uma tortura que gerou uma queda de humor, queda de aprendizagem e emparelhou a educação à nulidade completa.
Haverá sobreviventes, sempre há!
Os que perceberam que a educação obrigatória é uma farsa, jamais se recuperarão!
E a pedagogia anarquista, antiautoritária e da autonomia do sujeito sendo a mais humana, não foi a opção por quê?
Simples é a resposta. Se a pedagogia da autonomia do sujeito e antiautoritária fosse adotada, nenhum estabelecimento de ensino voltaria a ser o que é. Acabaria toda essa estrutura de condicionamento da educação.
Houve uma escola democrática e antiautoritária, pode ser uma anedota, que quando os pais tomaram consciência do que a escola fazia, preferiram retirar as crianças da escola por que lá nada se aprendia.
Se não é uma anedota, isso prova duas coisas: os pais querem que essas crianças virem adultos produtivos o mais rápido possível e que eles nunca sentaram para dialogar sobre a educação de seus filhos e filhas.
Não haverá pedagogia anarquista, mas deveria!