domingo, 9 de fevereiro de 2020

Falar com evangélicos, novos trabalhadores e etc

Resultado de imagem para ouvidos tapados


Tenho ouvido de tudo sobre o diálogo com quem votou num candidato horrendo, que explicitou verbalmente e na plataforma de campanha exatamente o que está fazendo!

Vamos para as bases!!!!

Vamos dialogar com evangélicos progressistas!!!

Temos que ganhar a guerra nas redes sociais!!!

Só mudamos o pobre em consumista alienado!!!

Isso só acontece por que a esquerda é desunida!!

Temos que falar para o novo trabalhador!!!!

Agora o pipoqueiro se sente patrão, não devemos falar contra ao patrão!!!

O problema disso é falta de cultura!!!

Se o povo for para a rua isso tudo acaba!!!

Nosso povo é passivo, está dopado e não reage!!!

Se tivessemos feito a Lei de Médios no Brasil isso não acontecia!!

O rol de frases que oscilam da auto comiseração, auto flagelo e fatalismo derrotista é grande e cada um deve ter as suas frasezinha preferidas com solução definitiva para seu estado de espirito imobilizador!

A gente lida com conceitos do outro sem olhar para nós como se estivéssemos no lugar desses sujeitos. Como se nós quiséssemos, pudéssemos e fizéssemos uma re-educaçao social do eleitorado como objetos meus.

Então, temos que educar a militância para combater e ganhar nas redes, temos que produzir um discurso acolhedor de todos e criar qualquer situação linguística e narrativa ou bomba semiótica que destrua essa corrente anti-povo.

Minha impressão, meu olhar e minha disposição não me faz induzir ninguém que está nessa posição suicida, auto destrutiva, preconceituosa, rasa que encantou um parte do eleitor seja um não autor ativo de si mesmo nesse emporcalhamento da vida.

As pessoas estão determinadas internamente a serem refratárias a qualquer antidoto mágico para esse estado de horrendice, tosquice, maldades e inversão de valores humanistas, ambientais, trabalhistas e sociais.

Digo isso por ver que em países mais ricos, com melhor nível educacional e nível de informação, com padrão de consumo basal superado à décadas que estão votando em coisas semelhantes no mundo ao que o Brasil optou.

O espirito de nossa época é a negação dos impactos do capitalismo. As pessoas estão de fato rejeitando a partilha do pão!

Ficamos nos martirizando, buscando novas falas, penalizando os que sempre lutaram e tentando criar um modelo de informação impactante que desperte essas pessoas de seu invólucro ideológico, como se tivéssemos que criar algo retórico muito diferente do básico e que vai durar para sempre que algumas pessoas não podem continuar a decidir sobre a supressão da vida e bem estar dos demais!

Esse sujeito objetivo lá do outro lado que não quer nos ouvir não quer ser afetado por nenhuma retórica que a contida e afagada dentro dele.

E eu não creio que se possa mudar uma pessoa que decidiu que não quer mudar!

Não importa que ardil faça a gente desses sujeitos objetivos, por mais que entendamos que estão indicando em todos os níveis eleitorais pessoas que não lutam por elas e pelos demais.

O que fazer?

Toda vez que leio um texto que elimina todas as ações vigentes eu me pergunto por qual razão uma pessoa escreve um troço para dizer que nada está dando certo, pois eu serei ingenuo aqui e falarei o que dá certo.

A mídia não está nos massacrando por que nos manipula, mas as pessoas sustentam exatamente isso que a mídia faz de dominação.

Nas redes, não adianta achar que ficarmos combatendo com armas iguais venceremos! A pessoas que está lá do outro lado está optando autonomamente por esse processo de destruição. Ela é ativa, segura e determinada a não nos ouvir.

Insisto então, que continuemos a combater em todas as frentes narrativas e praxiais. Tudo deve continuar, mas sem a visão ingênua que a mudança vem de nós e de nossos esforços. Essas pessoas que estão no regressismo ultra liberal só mudarão a partir de uma análise interna. Um rompimento interno!

Parece com aquele filho ou filhas que começam a namorar alguém e quanto mais o pai ou mãe impedem, mas os enamorados embarcam em pessoas que lhes farão mal.

O eleitor de todos os níveis optaram por esse namoro com o retrocesso. E essa coisa precisa se quebrar por ela mesma.


Sou profundamente contra uma tutela ideológica permanente para o "povo" quando eu mesmo não admito que se faça comigo.

Ahhhhh! Mas eles não sabem que estão sendo enganados! Eles não tem o teu instrumental de resistência! Eles precisam de nós os guiando!

Pois eu acho isso um erro ético.

Vão errar por eles mesmos até ao mais trágico, como ocorreu em vários momentos de nossa sociedade. Optaram pelo capitalismo, optaram por falar mal do patrão, mas não irem para cooperativismo! Decidiram ver uma mídia amedrontadora e consumista, mesmo sabendo que é deseducativa!

Essa decisão interna do outro é tão forte quanto a minha!

Então, eu faço o que tenho que fazer. Cada um deve fazer o que consegue fazer, mas ter esse espírito ingenuo de que devemos ser guias dos tapados não me traz muito alento.

Se estão tapados, não se pode culpar a propaganda, o controle social ou externalidades. Tudo isso só sobrevive por que dentro da pessoa há campo para isso se desenvolver pró-ativamente e retroalimentada por elas.

Irrito-me! Acho um saco isso! Desejava de outro modo! Vi que há outros lugares que superaram! Só que eu não desanimo, mesmo ouvindo essas frases mágicas o tempo todo que coloca o problema fora do sujeito e a solução vinda de nós! OS GUIAS ILUMINADOS!