domingo, 18 de outubro de 2015

Educação Obrigatória e Educação Proibida




E de causar espanto que se diga que a tão defendida democratização da educação pública no Brasil mereça ser atacada como um educação que proíbe a educação.

Tantos educadores incríveis lutaram pela educação em massa, pela escola integral, pela progressão continuada, bem como o Bolsa Erradicação do trabalho Infantil e alimentação nas escolas.

Por muito tempo se defendeu ou se quis insinuar, as vezes em desinformada opinião, outras por preconceito que as crianças pobres no Brasil iam para a escola exclusivamente pela merenda oferecida. Nunca se fez uma pesquisa de fato que provasse isso!

Este vídeo "A Educação Proibida" é extenso, mas pode ser visto picotado, já que o discurso é repetitivo em um sentido de dizer que essa escola, ainda com todas as reformas e esforços docentes, é um sistema autoritário.


Não adianta no entanto falar para os professores, educadores formais, gestores de que nada disso que se pensou ser pela democratização da educação não fez nada além de agravar a falta de liberdade intelectual e política de seus componentes.

A nova reforma educacional agora se pauta no elogiado exemplo da Finlândia. Isso, no que tange ao ensino médio tem sido posto como a solução para a perda de tempo com o que se fez até hoje, preparando as pessoas para serem senhores de todos os conhecimentos esquecíveis que durem até o vestibular.

O vídeo abaixo explica um pouco o que se passa de positivo na Finlândia, principalmente no que tange ao cuidado na formação do professor.


O tal do "qual a utilidade de aprender isso??" muito falado por todos estudantes mais críticos no Brasil é uma piada perto disso. E querem pegar um reclamação legítima com o intuito de acelerar as pessoas par ao mercado de trabalho.

Esquecem sempre de dizer que a Finlândia começou esse processo na década de 1970 e não foi sem um questionamento político severo, quer dizer, não caiu do céu. Esquecem o capital cultural que essa população finlandesa possui, da qual o que os estudante brasileiros acham muito, para eles é assimilado sem esse mesmo desdém.

Este vídeo abaixo fala de um morador de rua de Recife que morava debaixo de um pé de manga e passou num concurso do Banco do Brasil, isso, apenas para dizer como a tarefa de quem descobre que pode e merece estudar não depende de um chicote para  avançar.


Oferecemos pouco e mal feito, como tortura é tortura em qualquer parte, sofrem com o "muito" e inútil que não é nada perto de um estudante que decide e possui autonomia intelectual para decidir seus estudos.

Assim, a parte cretina da crítica à educação obrigatória no Brasil é que ela é despolitizante. Você cria um cenário de que nada presta, de que tudo que se ensina é inútil para dizer que o caminho é focar na profissionalização. Estudo self service...dizendo que é o modelo finlandês, quando se sabe que é uma caricatura.

Concluo que copiar mal copiado qualquer proposta de educação positiva faz parte de um plano para mudar não mudando nada.

Sem democracia radical a escola é um paiol de loucos!