domingo, 8 de novembro de 2020

A pedagogia anarquista salvaria estudantes em 2020, mas seria uma ida sem volta!

 





A pedagogia anarquista não foi criada para criar anarquistas, mas foi criada para oferecer a resistência contra o autoritarismo.


Não foi feita apenas para libertar a mente e favorecer as condições de autonomia de aprendizagem, mas para criar um sujeito da própria consciência de um ser e sua intima relação com o coletivo.


Se a pedagogia é apenas anti autoritária ou apenas da autonomia do ser, não será anarquista por isso, mas por decisão do sujeito.


E por isso mesmo a pedagogia anarquista era e será  a unica coisa humanitária a ser oferecida aos estudantes num cenário de pandemia como a ocorrida em 2020.


Por que?


Porque os professores foram obrigados a transmutar a odiosa aprendizagem obrigatória para meios virtuais e plataformas de streamming. A traduzir aquela tragédia, pouca coisa se aproveita.


Nunca estudantes em idade tão tenra, pais empenhados ou não na educação de seus filhos, até graduandos perceberam a inutilidade de uma aula obrigatória.


Lutam, brigam, adaptam  e ao fim o estrago pedagógico e emocional a todos se evidenciou o que se sabe qualquer sincero filósofo da educação.


Ensino obrigatório, padrão em qualquer situação é uma violência contra a pessoa.


Perdemos nesse ano de 2020 a oportunidade de fazer o melhor.


Criamos uma tortura que gerou uma queda de humor, queda de aprendizagem e emparelhou a educação à nulidade completa.


Haverá sobreviventes, sempre há!


Os que perceberam que a educação obrigatória é uma farsa, jamais se recuperarão!

E a pedagogia anarquista, antiautoritária e da autonomia do sujeito sendo a mais humana, não foi a opção por quê?


Simples é a resposta. Se a pedagogia da autonomia do sujeito e antiautoritária fosse adotada, nenhum estabelecimento de ensino voltaria a ser o que é. Acabaria toda essa estrutura de condicionamento da educação.


Houve uma escola democrática e antiautoritária, pode ser uma anedota, que quando os pais tomaram consciência do que a escola fazia, preferiram retirar as crianças da escola por que lá nada se aprendia.


Se não é uma anedota, isso prova duas coisas: os pais querem que essas crianças virem adultos produtivos o mais rápido possível e que eles nunca sentaram para dialogar sobre a educação de seus filhos e filhas.


Não haverá pedagogia anarquista, mas deveria!



sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Campanha Despejo Zero e as prostitutas de Barcelona

 

https://cientistasfeministas.wordpress.com/2018/12/04/as-mulheres-livres-ontem-e-hoje/

Soube que durante a Guerra Civil Espanhola que as mulheres militantes do anarquismo se colocavam a gritar diante de prostíbulos convocando elas abandonarem aquela condição e se incorporarem à luta antifascista. (confira https://ken.pucsp.br/verve/article/viewFile/5023/3565)


Sempre que se coloca na posição de olhar as pessoas em suas condições precárias de vida, quem se sensibiliza com a vulnerabilidade se arroga a responsabilidade de mudar essas situações. 


Esse comportamento pode ser de qualquer pessoa sensível.


A questão das anarquistas de Barcelona e os movimentos de esquerda não são movidos pela questão caritativa pura e desvinculada de mudanças estruturais da sociedade.


Caridade “caritas” é termo que significa em Latim a “afeto ou estima” e é derivado de outro termo “CARUS” que significava “agradável, querido”.


Atuar com populações em vulnerabilidade pode vir do afeto ou de ver os outros como queridos e ser agradável. Só que no campo político a caridade possui um peso de uma bondade que acolhe uma ausência.


As anarquistas de Barcelona não estavam querendo ou sendo agradáveis, inclusive, elas estavam brigando para as prostitutas sairem daquela condição por um intento de solidariedade.


Estou passando por esses estudos de palavras e a palavra solidariedade deriva de solidus do latim. Aquilo que se confia e que tem solidez.


Caritas e solidariedade se separa e se unem, fato é que se você é sólido você não está sendo agradável e a mudança precisa ser confiável, constante e permanente. Não há proveito próprio por causa de ter solidez e significa ir além das margens do ego e obtenção de louros.



A campanha Despejo Zero que foi lançada recentemente, tendo como seu paradigma enfrentar ações judiciais de despejo das populações vulneráveis dos lugares que ocupam em momento de Pandemia e pós-pandemia.


São progressistas, humanistas e esquerdistas que estão à frente desse movimento para defender essas populações. 


Infelizmente no momento de eleições muitas dessas populações vulneráveis estão escolhendo candidatos a vereança e a prefeitura que são candidatos que sempre foram favoráveis ao despejo e hiper valorização do solo urbano para especulação.


Então, como as anarquistas de Barcelona gritamos “Não votem em candidatos do despejo!!!”


Será que ouvirão!?




C"est La Vie

 



C"est La Vie (tradução)

Emerson, Lake And Palmer

The Very Best of Emerson, Lake & Palmer





É a vida

Será que as suas folhas todas já ficaram marrons?

Será que você vai espalhá-las a sua volta?

É a vida

Você ama?

E como vou saber?

Se você não deixa o seu amor transparecer prá mim

É a vida


Oh é a vida

Oh é a vida

Quem sabe quem se importa comigo?

É a vida


De noite

Você acende a chama de um amor?

Será que as cinzas do desejo por você, permanecem

Como o mar

Há um amor profundo demais pra ser revelado

Precisou de uma tempestade

Pra que meu amor chegasse (fluísse) a você

É a vida


Oh é a vida

Oh é a vida

Quem sabe quem se importa comigo?

É a vida


Como uma canção

Fora do tom e fora do tempo

Tudo o que precisávamos era uma rima prá você

É a vida

Você se entrega?

Você vive cada dia?

Se não houver canção eu posso tocar pra você

É a vida


Oh é a vida

Oh é a vida

Quem sabe quem se importa comigo?

É a vida



sábado, 22 de agosto de 2020

Eu morri na quarentena pandêmica

No início da quarentena eu pensei que morreria. Ainda sei que posso morrer. Temia gente próxima falecer e algumas faleceram. O discurso de arreganhamento do demônio me deu mais certeza do fim. Só caiu a ficha que eu poderia morrer, quando tive que ir na UPA de Cruz das Armas e no salão frontal de portas de vidro aquele espaço fazia a vez uma vitrine macabra da morte expondo dois pacientes todos envelopados de branco e se poderia bem afixar uma placa: “Nós que aqui estamos esperando por vós!” Eu fui morrendo na quarentena. Morri para alguns falsos valores. 

Despedi-me de mim algumas vezes. Estava dentro do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Por Direitos repleto de dilemas de higiene e cuidados, pois estávamos visitando comunidades vulneráveis. Descuidos com uso de máscaras, EPI’s mal utilizados, não utilizados ou inadequados e desinfeccionamentos precários.

 Passeei no centro de João Pessoa, num dia de semana, em hora que seria de pleno pico e me lembrava da imagem do Papa caminhando em Roma só. A cidade era um luto ou pré-luto evaziada de vida, de esperança. A rua era um esquife gigante. 

Sublimei todos esses aspectos horripilantes e decidi que não queria estar em outro lugar que não fosse perto daquelas pessoas que eu tentava cuidar nas franjas da Grande João Pessoa. Eu cuidava de mim. Estava e estou entendendo a despedida do mundo. No final, sempre estamos despedindo da vida, só que a pandemia e o demônio que nos atormenta desde 2015 deram mais sabor de fim inexorável e inevitável. 

Como saber que antes de você morrer narciseamente, morre o outro lado não egoico. Eis-me cá vivo, sempre morrendo, sempre sendo otimista e sempre morto dentro de mim. As consequências de ser um fantasma com corpo é que você pode agir como vivo. Só que as regras caíram. 

Estava em em março de 2020, dia sim dia não, indo nadar nas águas da praia do Bessa. Um dia uma caravela queimou minhas pernas e não morri. Um dia vi seres estranhos, era a corda de uma ancora. Um dia ouvi uma revoada de pássaros e antes de meu cu apertar cortando vergalhão era um cardume que saltava. Eu tenho muito medo dos seres marinhos desconhecidos. 



Enquanto eu morria afetivamente, politicamente e psiquicamente, faleciam milhares de pessoas e não era somente possível a minha morte como era também provável e ainda é. Minhas decisões não estão muito pautadas nesse futuro e nas minhas hipocrisias. Tento viver até meus erros de verdade. Hoje acordei e falei, já cometi erros e falhas tão grandes que poderia fazer uma classificação de nível 1 a 10, sendo 1 o grau de pior arrependimento. Nessas reflexões atoladas nesse poço de mim mesmo, ensimesmado, tal classificação só serviria para meu bom exercício de centrar em mim mesmo.

 No final dessa reflexão surge este texto. Seguramente, para muitos que se foram sem se despedirem e na angustia de obter ar, falecendo de asfixia ou de outra moléstia do corpo afetada por esse vírus, eu declaro que todos nós morremos. Carrego a carcaça sã como todos e todas vivas, mas a insanidade da ausência completa de empatia, não somente deste governo, de toda ordem capitalista que é incapaz de acudir a humanidade, inclusive na garantia de funerais dignos, ainda se afeta. 

Minha carcaça ainda se revolta. Nossa morte existencial que começa quando nascemos se encontrou com a morte conjectural. Resulta que nada é tão ruim ou bom quanto imaginamos. Estarei vivo e morto para garantia que meus erros sejam devidamente cometidos e para garantir que alguns acertos comprovem que fui muito esmerado em não ser o melhor Antônio possível e nem o melhor Antonio de mim. 

A condição dessa morte me joga direto para o despojamento, para o minimalismo e para o desacumulo. Cresceu a intolerância a quem tem prisão de ventre mental, que param dentro de si achando que terão outra vida e outro momento para viver. 



Minha persistência em viver é tão gigante quanto meu esmero em estar morto. Por isso, as pequenas injunções políticas, os limites “do pode não pode”, as decisões do idiota se aperfeiçoar em ser mais idiota e da pessoa acreditar que é invulnerável me faz por um lado rir e por outro chorar, já que o sentido da autoproteção nem sempre é o outro, talvez nunca seja. 

Uma amiga me pediu para eu me cuidar! Descuidarei-me como sempre!Hoje irei ao mar do Bessa temer monstros marinhos!

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Educação em Casa e pedagogia anarquista


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Quadro Negro Retrô  - Este Quadro digital imita a antiga lousa e giz. Tecnologia da Informação a serviço de uma nostalgia ridícula.








Já falei em outra postagem que a educação no lar é revindicação de muitos libertários, desde que o Estado de alguns países inserem preceitos e preconceitos na educação, para além da educação obrigatória.

O que um evangélico deseja com a educação no lar é o mesmo direito, porém, para criar uma criança sob preceitos da religião que seguem.

Parecem as mesmas coisas, mas o direito a isso deve ser respeitado, para o bem que faz e para o mal que faça.

Uma criança que sofre bulling sistemático não tem a escola como socializadora. Esse aprendizado social cognitivo vira uma meleca num contexto de educação em massa.

Com a pandemia essa pauta foi empurrada goela a baixo e é inecapável que seja realizada independente da corrente ideológica.

Só que a escola diretivista e de massa continua a criar constrangimento e hoje os pais e mães que sempre foram mais envolvidos com a educação de seus filhos percebem que na verdade estavam flutuando sobre a educação realizada.

Professores foram educados para ser centro do processo educacional, sofrem de seindrome de protagonismo e precisam se achar muito aptos a fazer um processo intelectual se desenvolver nas crianças e jovens.

As reclamações são muitas, em parte pela alienação da educação dos filhos de alguns pais,, mais acentuadamente, e de algumas mães menos irrresponsável.

A tele aula e orientações educacionais à distância é uma radiografia do que acontecia em real e socialmente.

Então, a educação diretivista de antes migra para uma nova plataforma e se torna um estorvo para todos envolvidos

Entendamos o seguinte, a educação em casa não é mais uma condição de professores, de pais e mães e do Estado.

O precedente está aberto para que utilizemos as Tecnologias da Informação como inovação e não gravar uma aula diretivista centrada no professor.

Os pais e mães  e famílias estão preocupados em perder o ano escolar?

Não tenham esse medo, todos já sabem que 50% do tempo de escola e na escola só serve mesmo para encher o saco!

A pandemia demonstrou que a dependência da escola é só um jeito de se livrar dos filhos e filhas, uma creche que a criança já sabe limpar a bunda e se alimentar.

Modernizar a educação é se livrar do protagonismo da escola e do professor e centrar nas crianças e jovens.

Não vai acontecer, mas acho uma senhora lição.

Ah! o desemprego dos servidores e servidoras escolares, não mencionei?

Digo, uma educação que insere a educação auto gestionada pela criança gerará mais empregos saudáveis do que essa massa de docentes doentes que virou uma profissão vulnerável e insalubre.



sábado, 18 de abril de 2020

Pandemia e anarquismo


Não me considero um anarquista muito aplicado. Creio que sou um micro anarquista. As relações anarquistas imediatas, próximas e não duradouras. Bem, uma anarquismo bem pessoal que não seja reproduzível por ninguém.

De todo, baseio-me no anti-autoritarismo que para alguns é chutar blindex de banco, para outros é se mansinho holístico esperando a bondade alheia agir.

O meu anti autoritarismo é uma construção, assim, ser brando, manso e cordato pode parecer democrático e anti autoritário, mas não é.

Aprendi que o autoritarismo está tanto no que impõe tanto quanto no que se deixa impor em silêncio, por comodidade e por que se posicionar firmemente seja ainda visto como mandar e determinar.

A indolência e good wibe de alguns é puramente autoritária.

A pandemia me colocou aonde sempre eu achei que estaria. Estou junto com o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos MTD - PB que atua na frente de entrega de Cestas Básicas e outras ações de organização e amparo às comunidades de ocupações na Paraíba, sendo a atuação mais forte na grande João Pessoa.

Estabelecemos ficar acampado num local para não voltarmos para casa e por em risco nossos familiares. Um grupo de 5 pessoas articulado com outras externas que se amplia para 30 caso a ação exija.

A pandemia exige um olhar sistêmico sobre nós. A hierarquia é não nos contaminarmos para continuar atender essas pessoas. Só isso coloca como nossa autoridade um vírus.

Higienizar, organizar e decidir para onde vão as doações é em si autoritário. Não podemos atender a todas as pessoas e mesmo nessas localidades há as que precisam mais que outras.

Ser anarquista com quem não é ou não entende o anarquismo é autoritário. A partilha do pão não é consciente, mas uma urgência precária. A precariedade é autoritária.

Organizar nessas condições é autoritário?
Somos capazes de combater ou distribuir alento sendo mansos?
Ceder e negociar é possível com um número grande de pessoas desatendidas?

Houve outro dia um número de 1200 pessoas para atender, mas só chegou doações para 300. Assim, tivemos que escolher as 300 por uma logística que nos desse segurança e atendimento. Será que foram as 300 que mais precisavam?

Um morador de rua via descer doações ao longo de 3 dias de nossa central e pediu uma cesta básica. Triste imagino ser ver uma aparente fartura e ter que ouvir um não! Dei algo e assumi que passei na frente alguém. Eu decidi autocraticamente doar fora da planilha!

A partilha do pão e de nosso trabalho dá uma legitimação que não pode ser severamente julgada. Não dá para se condoer de não atender alguém quando não conseguimos até agora atender nem 10% dos necessitados mais vulneráveis.

Dar mais a quem precisa de mais e dar menos aos menos necessitados é quase impossível. A sociedade precisa estar muito bem organizada e atenta para sobre cada família para ser justo.

Então, a pandemia nos avoluma de questionamentos humanitários e políticos.

Digo porém, quando uma ocupação tem organização, responsáveis e coordenações nos sentimos mais coerentes ao atender com cestas emergenciais do que nos lugares sem organização.

O desconhecimento da realidade neste momento é o que mais investe oprimindo do que o vírus em sí.

A desorganização neste momento é evidente a maior arma de destruição das politicas sociais e é o autoritarismo mais acachapante.

Sempre soubemos disso. O vírus só bateu na porta e mostrou que todas as mazelas sociais que combatíamos em tempos de paz de baixa intensidade ou guerra dissimulada.

Agora podemos ver o tamanho e profundidade dos efeitos da miséria. O receio de contaminações em massa, em curto espaço de tempo e fulminantes acelerou o impacto que antes se diluia em meses e anos. Todas as pessoas que iam desaparecer nas escadas do Estado podem sucumbir em 2 ou 3 meses.

Uma quantidade enorme de vulneráveis pode realmente ser atingida mortalmente.

O anarquismo exige profunda justiça social. A justiça precisa de profunda assistência humanitária.

Tento não me doer ou condoer pensando na incapacidade de atender os mais urgentes.


sábado, 11 de abril de 2020

Se eu morrer


Se eu morrer....

Bem, morrerei de algum modo em algum tempo. Se eu morrer agora com esse vírus não se preocupe com meu enterro rápido e sumário. Se for em caixa de papelão prefiro, se for do reciclável melhor. 

Ajudem depois a plantar árvores e que seja um bosque com frutas, flores e muita sombra. Peça a um religioso poderoso dessacralizar a terra para que as pessoas caminhem sobre meus ossos sem culpas misticas.

Eu tenho uma memória guardada de 30 GB, refleti e percebo não preciso de nem 100mb com as coisas que amo e nem preciso dessas tanto se for criterioso.

Se as mulheres que estive algum dia se lembrarem de mim, sei que para o que eu era, eu recebi o melhor que podiam me dar e eu perceber.

Não se preocupem com rituais por mim, nem simbologias e nem velas.

Esqueçam os sabores das comidas que te apresentei ou que associam à minha memória, pois de verdade não importam. Se obrigatoriamente tiverem que me citar em algum texto, escolha a melhor e nunca mais me citem.

Doe tudo meu, nada fiz para ser dono, apropriar ou dominar. Fui esmerado em não ter nada que valha mais que uma prótese dentária.

Desde que li os irmãos Goodman que revisaram os cálculos de mais-valia de Marx na década de 1950 e afirmaram que se um jovem ou uma jovem dedicassem 2 anos da vida a serviços sociais não precisaria de pagar por teto e comida por toda às suas vidas. Essa frase me libertou de muitas bobagens, de culpa social e de engajamento político obrigatório. Meu trabalho social é por empatia, não por culpa!

Sim, trabalhamos mais para ser controlados do que libertados.

Se eu morrer, já estou por muitos anos a me despojar, desacumular, evitar carregar coisas inúteis.

Cuido-me no caminho do minimalismo, pouco e o necessário para mim já basta.

Por fim, fui bem esmerado em ser desagradável quando podia ser outra coisa, então, a humildade nunca poderá se associada a mim.

Quando pude ser arrogante eu fui em meu melhor potencial.

No fundo eu errei com muita dedicação e compromisso!

Se eu viver mais tempo de vida continuarei a aperrear, errar e me despojar!

Eu gosto de café!