O mais interessante neste artigo é o último parágrafo:
Na Holanda, as cerca de 7.000 escolas que atendem à faixa etária dos 4 aos 12 anos são relativamente livres para implementar seus projetos pedagógicos, desde que cumpram as exigências de qualidade do governo e mantenham uma média pré-determinada de alunos por professor. O governo subsidia a manutenção do aluno nessas escolas com cerca de 5.500 euros por ano.
Parece anarquista, sugere a pedagogia anarquista, utiliza de métodos anarquistas, parece libertária.....mas não é!?
Na sequência de textos que coleto de mídias anarquista kkkk, tento demonstrar o que aparenta ser novo, mas não é! Aparenta ser bom, mas é perverso! Mas sobretudo, prova que a escola tradicional só consegue ser conservadora, mais ainda com as tecnologias vestidas de libertárias!
Divirtam-se!
Matéria portal IG.
Holanda vai inaugurar escolas Steve Jobs
Por
|
iPads serão a principal ferramenta de aprendizado em instituições de ensino personalizado
Olhando os dedos de Daphne, 4, correr com tanta destreza
sobre as telas de tablets e smartphones, é quase impossível não
perguntar: onde será que ela aprendeu tudo isso? A menina usa esses
aparelhinhos desde um ano e meio de idade, sem nunca ter recebido
instruções específicas para tal (veja vídeo abaixo). “O que me
surpreendeu não foi ela conseguir usar o iPad, mas ela mostrar algumas
habilidades que eu não sabia que crianças dessa idade tinham”, brinca o
holandês Maurice de Hond, pai de Daphne, comentarista político desde a
década de 1970 e especialista em tecnologias conhecido em seu país.
Entenda: Conheça os conceitos que vão mudar a escola e o aprendizado
Na intenção de prover a melhor educação possível para a menina, conversou com o responsável pela educação de Amsterdã e recebeu a proposta de formatar escolas que fossem mais adequadas às novas gerações. No mês que vem, Hond e sua equipe inauguram duas Steve Jobs Schools e outras nove já existentes começam a usar o conceito de introduzir iPads como principal ferramenta do aprendizado.
Outra abordagem que será muito utilizada, detalha o especialista, é a de aprendizagem com base em projetos. “Você pode ter um projeto sobre um copo de café que inclua componentes de geografia, história, química, biologia e mais. Ao fazer esses projetos – para os quais desenvolvemos um app de gestão que permite a comunicação entre os alunos, os professores e os pais – cada estudante aprende muito mais”, defende.
Na Indonésia: Conheça a magia da escola verde
O iPad é uma ferramenta perfeita para a personalização do ensino. Com ele, as crianças conseguem se desenvolver fora da zona de conforto do professor e também sem as limitações de ter que respeitar a velocidade ou o nível do aprendizado de outros colegas de turma.
E para saber o quanto cada aluno avançou e estabelecer metas para o período seguinte, uma conversa entre professor, aluno e pais está prevista para cada cinco ou seis semanas. Isso fica facilitado porque tudo o que os alunos produzem fica registrado em portfólios digitais acessíveis a pais e professores. Também por um programa desenvolvido pela equipe de Hond, o iDesk Learning Tracker, ficam acessíveis as atividades que os alunos realizam nos aplicativos e seus desempenhos com relação ao grupo. “Nós queremos que os alunos usem os iPads também para registrar coisas que saibam ou aprenderem durante os projetos em várias formas, como vídeos, áudios, foto, e-book, mindmap, animações. Achamos que isso é um valor agregado novo e revolucionário que os tablets trouxeram e que realmente vão fazer a diferença”, avalia.
Mas para que os alunos tenham acesso a uma educação tão diferente, um fator tem sido muito importante: o preparo do corpo docente. “Os professores que estão participando estão cientes das mudanças. Nós oferecemos treinamento e formamos uma comunidade de cerca de 100 professores que vão trocar experiências e ajudar uns aos outros. Mas, claro, parte desse caminho ainda é desconhecido”, pondera Hond, que diz vir repetindo aos educadores: “confie nas crianças”, “não queira assumir o controle de tudo” ou ainda “permita que as crianças te surpreendam” para mudar o paradigma atual. “Hoje a criança só aprende o que os professores podem ensinar. Se ela tem talentos fora do escopo do professor, não se pode fazer nada com essa habilidade dentro da escola”.
No Brasil: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
Duas escolas Steve Jobs abrem agora em agosto. O nome, afirma Hond, é para lembrar o homem que “mudou o mundo ao combinar tecnologia e criatividade” – homenagear pessoas célebres com nomes em escolas é um hábito na Holanda. Outras nove escolas que gostaram da proposta também iniciam o próximo semestre adotando o modelo. Na Holanda, as cerca de 7.000 escolas que atendem à faixa etária dos 4 aos 12 anos são relativamente livres para implementar seus projetos pedagógicos, desde que cumpram as exigências de qualidade do governo e mantenham uma média pré-determinada de alunos por professor. O governo subsidia a manutenção do aluno nessas escolas com cerca de 5.500 euros por ano.
Entenda: Conheça os conceitos que vão mudar a escola e o aprendizado
Na intenção de prover a melhor educação possível para a menina, conversou com o responsável pela educação de Amsterdã e recebeu a proposta de formatar escolas que fossem mais adequadas às novas gerações. No mês que vem, Hond e sua equipe inauguram duas Steve Jobs Schools e outras nove já existentes começam a usar o conceito de introduzir iPads como principal ferramenta do aprendizado.
“Já estava pouco satisfeito com a forma pela
qual as escolas na Holanda estavam lidando com o desenvolvimento
tecnológico e agora [com a filha mais nova] eu via uma nova geração que
já era digitalmente hábil antes de ter que ir à escola”, disse Hond. Pai
de cinco filhos, o incômodo do holandês com o sistema educacional atual
reuniu, portanto, insatisfações pessoais com um know-how que acumulou
ao longo de sua vida: Hond aprendeu a programar ainda em 1965, quando
era muito raro alguém se interessar por tecnologias digitais, foi
pioneiro no lançamento de empresas que se apoiavam nos recursos digitais
e, em 1995, escreveu o livro “Thanks to the Speed of Light” (obra não
traduzida para o português), que o fez se tornar uma espécie de guru da
internet.
<iframe width="640" height="360" src="//www.youtube.com/embed/YDork0gA1GE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Hond conta que, antes de Daphne, havia tido uma
experiência muito diferente com cada um de seus quatro filhos. Dois
haviam se saído muito bem nos estudos, enquanto os outros dois haviam
tido muita dificuldade. “Na época, eu achava que isso se devia às
características de cada um. Mais tarde, eu percebi que eles tinham
muitas habilidades sofisticadas que não se encaixavam no sistema escolar
tradicional, mas que eram muito importantes para suas carreiras. Então
eu entendi que o problema não era que meus filhos não fossem bons na
escola, mas o sistema escolar não era bom para as qualidades únicas dos
meus filhos”, disse o especialista em tecnologia. Ao observar a mais
nova e o tanto que ela já sabia antes mesmo de entrar na escola,
decidiu-se: “Minha conclusão foi que eu não queria levar minha filha
para uma dessas escolas”.
Foi então que começou o desafio de pensar
modelos de escola física e pedagogicamente mais adequados ao mundo de
hoje. Reuniu uma equipe com experiência em educação e colocou às mãos à
obra. “Nós desenvolvemos um conceito de escola baseado no fato de que os
iPads existem”, diz ele. Assim, nas suas escolas, que atenderão
crianças de 4 a 12 anos, todos os alunos terão um desses dispositivos à
disposição. As crianças não serão divididas por séries, mas em dois
grandes grupos por idade: um de 4 a 7 anos, outro de 8 a 12. “Dentro
desses grupos etários, haverá subgrupos com cerca de 25 crianças cada e
um professor/tutor. Teremos momentos em que esses grupos estarão juntos
fisicamente na escola, mas em outros as crianças estarão em algum lugar
do prédio trabalhando em seus iPads ou em alguma sala ou ateliê
específico”, explica.
Como os alunos se reunirão em grupos, mas
também ficarão muito tempo desenvolvendo projetos e atividades sozinhos,
o horário é bem flexível. Todos devem estar na escola no período das
11h às 15h, mas o prédio estará aberto e funcionando das 7h30 às 18h30
para que os alunos possam fazer outras atividades em grupos menores ou
trabalhos específicos antes ou depois do horário principal. “A escola
virtual não fecha nunca”, completa ele destacando que o iPad permite que
as atividades pedagógicas prossigam de casa ou qualquer lugar fora da
escola.
“O iPad é uma ferramenta perfeita para a personalização
do ensino. Com ele, as crianças conseguem se desenvolver fora da zona de
conforto do professor e também sem as limitações de ter que respeitar a
velocidade ou o nível do aprendizado de outros colegas de turma”,
afirma Hond. Para personalizar o ensino, as escolas vão optar por tipos
de aula muito diferentes das tradicionais, divididas por disciplinas. “É
claro que existem alguns componentes básicos, que são conectados com as
línguas holandesa e inglesa (para alunos mais velhos), cálculo e
conhecimentos gerais. Mas isso também será ensinado por ferramentas mais
modernas (…), como aplicativos”, completa ele.Outra abordagem que será muito utilizada, detalha o especialista, é a de aprendizagem com base em projetos. “Você pode ter um projeto sobre um copo de café que inclua componentes de geografia, história, química, biologia e mais. Ao fazer esses projetos – para os quais desenvolvemos um app de gestão que permite a comunicação entre os alunos, os professores e os pais – cada estudante aprende muito mais”, defende.
Na Indonésia: Conheça a magia da escola verde
O iPad é uma ferramenta perfeita para a personalização do ensino. Com ele, as crianças conseguem se desenvolver fora da zona de conforto do professor e também sem as limitações de ter que respeitar a velocidade ou o nível do aprendizado de outros colegas de turma.
E para saber o quanto cada aluno avançou e estabelecer metas para o período seguinte, uma conversa entre professor, aluno e pais está prevista para cada cinco ou seis semanas. Isso fica facilitado porque tudo o que os alunos produzem fica registrado em portfólios digitais acessíveis a pais e professores. Também por um programa desenvolvido pela equipe de Hond, o iDesk Learning Tracker, ficam acessíveis as atividades que os alunos realizam nos aplicativos e seus desempenhos com relação ao grupo. “Nós queremos que os alunos usem os iPads também para registrar coisas que saibam ou aprenderem durante os projetos em várias formas, como vídeos, áudios, foto, e-book, mindmap, animações. Achamos que isso é um valor agregado novo e revolucionário que os tablets trouxeram e que realmente vão fazer a diferença”, avalia.
Mas para que os alunos tenham acesso a uma educação tão diferente, um fator tem sido muito importante: o preparo do corpo docente. “Os professores que estão participando estão cientes das mudanças. Nós oferecemos treinamento e formamos uma comunidade de cerca de 100 professores que vão trocar experiências e ajudar uns aos outros. Mas, claro, parte desse caminho ainda é desconhecido”, pondera Hond, que diz vir repetindo aos educadores: “confie nas crianças”, “não queira assumir o controle de tudo” ou ainda “permita que as crianças te surpreendam” para mudar o paradigma atual. “Hoje a criança só aprende o que os professores podem ensinar. Se ela tem talentos fora do escopo do professor, não se pode fazer nada com essa habilidade dentro da escola”.
No Brasil: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
Duas escolas Steve Jobs abrem agora em agosto. O nome, afirma Hond, é para lembrar o homem que “mudou o mundo ao combinar tecnologia e criatividade” – homenagear pessoas célebres com nomes em escolas é um hábito na Holanda. Outras nove escolas que gostaram da proposta também iniciam o próximo semestre adotando o modelo. Na Holanda, as cerca de 7.000 escolas que atendem à faixa etária dos 4 aos 12 anos são relativamente livres para implementar seus projetos pedagógicos, desde que cumpram as exigências de qualidade do governo e mantenham uma média pré-determinada de alunos por professor. O governo subsidia a manutenção do aluno nessas escolas com cerca de 5.500 euros por ano.