sexta-feira, 5 de abril de 2013

A escola Yasnaïa Poliana criada em 1861 por Leon Tolstoi


A Escola Yasnaïa Poliana foi fundada entre 1859, a obra foi publicada em 1861 e por dificuldades financeiras fechou em 1863.

Educar para libertar. 

Esse era o norte pedagógico de Liev Tolstói, um dos maiores nomes da literatura de todos os tempos, cujo livro Contos da Nova Cartilha é o resultado da incursão do autor no universo da educação. Embora tenha sido traduzido do russo para o português, não é disponível. Em buscas pelo rede encontra-se as seguintes referências:
 a obra traz uma coletânea de textos extraídos das duas cartilhas elaboradas por Tolstói. São fábulas, histórias verídicas, contos folclóricos, contos maravilhosos, descrições de paisagens naturais e adivinhações. O estilo é conciso, aproximando-se do ritmo da linguagem oral. Um bom exemplo é a fábula A Mulher e a Galinha: "Uma galinha botava um ovo por dia. A dona pensou que, se desse mais ração à galinha, ela botaria o dobro de ovos. E assim ela fez. A galinha engordou e parou completamente de botar ovos". Afastado da sociedade russa dos grandes centros urbanos, o autor de Guerra e Paz fundou, em 1859, uma escola rural para crianças em sua cidade natal. O "método" do escritor, que nunca freqüentou escolas e foi educado por preceptores, era de cunho emotivo. Tolstói amava seus alunos e era retribuído. O mestre não era uma figura autoritária aos olhos dos pupilos: não havia lição de casa, nem chamada oral; não havia lista de presença, nem provas. Estudar era uma atividade lúdica, uma diversão. Preocupado em estimular a criatividade, Tolstói tinha plena consciência de que erguia um monumento. Tanto que em 1910, ano da morte do escritor, as cartilhas estavam na trigésima edição, com tiragem de cem mil exemplares cada uma. Marca que revela o estrondoso triunfo da liberdade, hoje tão fora de moda.
Eu tenho a obra em espanhol de 1977 e a introdução feita por Carlos Diaz é esclarecedora e atual. Destaco V- La escuela no es un modelo {...} -p. 20;  XII Por qué se estudia geografia {...} p. 112 e  I la ensenanza artística {...} p. 144.

No link abaixo poderão localizar especificidades mais corajosas sobre a profusão do interesse por educação de Tolstoi:

http://www.ibe.unesco.org/fileadmin/user_upload/archive/publications/ThinkersPdf/tolstoys.pdf

terça-feira, 2 de abril de 2013

Curso pedagogia do Risco em Presidente Prudente

Dia 16 de abril, das 14h até as 18h será realizado a continuidade dos debates sobre pedagogia do risco na FCT Unesp em Presidente Prudente.

Local: Anfi I.

E dia 23 de abril será realizado o curso noturno, das 19h as 22h, local a confirmar

https://www.youtube.com/watch?v=U0XQOOttbco

São princípios básicos para estimular ideias e ações.


Pedagogia do risco
Ementa:

Há entre as diversas opções e paradigmas educacionais os que figuram de forma universal e os que desapareceram dos livros e das teorias educacionais por precoceitos, desconhecimento e pragmatismo. O conceito de Pedagogia do Risco foi esboçado por Silvio Gallo e se caracteriza pelo rompimento de falsas seguranças que o ensino formal busca se legitimar na formação e no exercício da educação. Neste curso serão abordadas as origens desse pressuposto e nos exemplos apagados ou postos de lado quando se provoca dizer de uma pedagogia sem adjetivações, mas seu conteúdo essencial e original de autonomia intelectual. Conteúdos que serão explorados:
  • Bases da Pedagogia do Risco!
  • Ecola Poliana Yasnaia - Leon Tolstoi  (Russia)
  • Escola Moderna (Espanha), La Ruche França (video e debate)
  • Escola de felicidade Sands School e Summer Hill (Inglaterra). video e debate
  • Escola Paideia em Merida (Espanha) video e debate
  • Linguagem anti-sexista.
  • Espacialidade feminina!
  • O que é liberdade?
  • O ser e o único! Aprendendo a ser você mesmo!
  • É possivel servir a escola liberais e estatais!?



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Assembleismo na Escola Paideia em Mérida e Summer Hill

No meu trabalho de doutorado colhi muitos documentos e videos sobre as assembleias em escolas democráticas e participei de parte de uma em Summer Hill e várias na Paideia na Espanha.

A qualidade dessas assembleias são distintas dessas baboseiras de escolas públicas brasileiras que se lançam no debate de democracia, mas não de autogestão. Elas são heterogestionadas e por isso desaparecem como exemplos de mudança!

Tuteladas pelo governo, uma escola nunca é auto gestionada, mas auto opiniada! Ela é cheia de opiniões! argh!

Dá-me uma raiva essa bondade liberal! A-políticas boazinhas e felizes!

Se as escolas ditas democráticas hoje no Brasil fizessem como as existentes no final da década de 1960 e início de 1970, ai sim seria algo integro.

Mas a ditadura ferrou com elas e só existe remanescentes burguesas felizes!

A assembleia é o fator de grande importância no amadurecimento do indivíduo, mas é um longo processo para construir essa legitimidade e garantir sua melhor função dinte do coletivo e das escolhas das pessoas.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Geografia Fora das escolas estaduais de São Paulo

Embora eu seja profundamente contra o ensino de geografia, não por que ele seja inútil, mas pela forma histórica de que alguém seja obrigado a aprender qualquer coisa que não seja de seu interesse!

As defesas acabam sendo mais corporativas do que intelectuais, quer dizer, mais pelo emprego do que pelo que ela importa sobre o conhecimento científico.

O que eu gosto demasiado nessa discussão é que a geografia ensinada produz muito pouco do que dizem seus defensores ser necessária!

E ainda assim, basta a UNESP, UNICAMP e USP manter em seus vestibulares as exigências intelectuais geográficas que a tentativa irá empacar!

Claro que terei mil ex-alunos meus e atuais amigos professores de geografia sendo prejudicados ao perder suas aulas, mas isso não significa que a geografia exigida em vestibular e em escola sirva para realmente fazer o que ela pode potenciamente oferecer!

Lutemos por emprego! Não pela docência pífia que nos obrigam ensinar!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Educaçao Corporativa

Há um texto de Thomaz Wood Jr na Carta Capital (13 de Março) sobre "Educação corporativa" bastante intrigante.

Basicamente as empresas não conseguem obter trabalhadores qualificados e precisam criar suas universidades, tal como a GE, McDonalds e Apple.

E por incrível que pareça o autor registra que isso não resolve, pois as disciplinas são muito crregadas de auto ajuda e processos motivacionais que funcionam pouco.

O texto termina assim:

Como qualquer tipo de organização, as empresas necessitam estimular a diversidade, a visão crítica e a busca de novas visões e perspectivas. Essa é uma contribuição que um sistema de educação, mesmo balizado pelas restrições do ambiente corporativo, pode trazer.

Agora veja bem, nada contra o autor, mas essa reflexão é a que se espera da escola formal, mas é justament eo que ela mais impede de acontecer.

Os executivos e gestores empresariais padecem de pouco espírito crítico e de conceito e praxis da diversidade!

Digamos assim, os caras vendem todos seus valores para defender as coisas mais constrangedoras do alto escalão executivo.

Vendem suas liberdades criativas e críticas. Depois, necessitam de universidades para reavivar suas almas mortas!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Violências nas Escolas: Culturas silenciadas

OBS: Este texto foi coletado na Revista Carta Capital e eu fiz destaques em negrito e letra maior que são centrais na discussão posta!


Postado por Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 11 de março de 2013 (15:04) na categoria Sociedade
por Miriam Abramovay e Mary Garcia Castro[1]

Os casos de violências nas escolas vitimizando jovens e professores é tema que vem galvanizando atenção em nível mundial e, de fato, merece políticas e debates.  Mas sua complexidade não é apreendida mesmo que nos fixemos nas preocupantes estatísticas e notícias, ou seja, não se reduz a uma história em que há vilões e vítimas, cabendo punir aqueles. E vem resistindo a resoluções legais e aparatos de repressão. 

Também não satisfaz inculpar alguns atores, como a família, os próprios jovens e os professores. Pode transitar por níveis diferentes de análise, quando há que discutir em qual sociedade vem se dando tais casos, em que instituição , – no caso a escola -  e o que se conhece sobre juventudes, em especial por suas práticas, vontades e verbos.
Foto: Celso Junior/AE Foto: Celso Junior/AE
É quando o próprio conceito de violência na escola deve ser ampliado para além daqueles atos que ferem e matam – ameaças, agressões físicas, armas, tráfico de drogas, roubos e furtos.

As violências nas escolas não se limitam a violências físicas. Pedem o acento na ética e na política e a preocupação em dar visibilidade àquelas que ofendem a identidade e dignidade do outro, como o racismo, o sexismo e a homofobia.
As violências nas escolas são a antítese da razão, pautando-se por relações em que não há lugar para o diálogo, a comunicação e a negociação, pilares básicos da educação.

Defendemos que a escola não lida com temas que são básicos e que são sentidos como violências pelos jovens, comprometendo seu bem estar e desempenho escolar, o não reconhecimento das suas identidades ou buscas identitárias e o clima escolar. Tal processo estimula violências que muitas vezes só são reconhecidas quando tomam a forma de “violências duras”[2]. Há que ter mais sensibilidade pedagógica para lidar com a alteridade e a diversidade.

Há um hiato entre a cultura escolar e a cultura juvenil, o que é pouco destacado quando se discute violências nas escolas. E o não conhecimento e reconhecimento do outro, da outra, é uma violência que propicia violências.

O descompasso entre a cultura escolar e a cultura juvenil, a falta de sensibilidade pelas formas de ser dos jovens e como esses privilegiam a comunicação, os saberes que decolam do corpo e das artes, seriam também fontes de conflitos que podem potencializar violências nas escolas.

O jovem é despido da condição de ser jovem ao se transformar em “aluno”. É visto por uma perspectiva exterior, por uma imposição normativa do sistema de ensino, perdendo-se de vista suas buscas e os parâmetros de comportamento que fazem parte das modelagens de juventudes.

Desconsidera-se, portanto, culturas juvenis, que se caracterizam por serem dinâmicas, diversas, gregárias e que privilegiam linguagens performáticas várias.

A cultura escolar, muitas vezes, se baseia em uma violência de cunho institucional, a qual se fundamenta em diversos aspectos que constituem o cotidiano da escola – como o sistema de normas e regras que pode ser autoritário, as formas de convivência, o projeto político-pedagógico, os recursos didáticos e a qualidade da educação. Tais constituintes dessa cultura não necessariamente respondem às características, expectativas e demandas dos jovens do século XXI, o que gera tensão no relacionamento entre os distintos atores sociais.

A forma de vestir, por exemplo, é uma marca juvenil que os diferencia dos adultos. Usar piercing não é uma provocação: é ser jovem e os adultos têm dificuldade de “suportar” marcas do “ser diferente”. A escola não apenas questiona a conduta, como quer padronizar as aparências. Em geral é proibida a entrada de jovens com celular, piercing, touca, boné.  O uso do boné, no entanto, é uma questão estética e um dos principais traços identitários de muitos jovens e adolescentes.

A cultura juvenil, entre vários jovens, alimenta-se da chamada cultura de rua e a violência é um componente essencial dessa cultura, tanto para garantir a sobrevivência dos jovens como para que os mesmos sejam respeitados. E, portanto, cometer atos de violência torna-se signo de força, de virilidade, de credibilidade, em um mundo onde eles sentem pouca confiança nas instituições que, em tese, deveriam protegê-los.

Os jovens vivem em uma “sociedade do espetáculo” cujos valores se pautam pela fama e o poder. Não se trata de apologia da cultura juvenil quando esta se entrelaça com a cultura da violência, mas alertar que há que conhecer a formação de tal entrelace para melhor, junto com os jovens, criticar tal sociedade.

A escola tende a considerar a juventude como um grupo homogêneo, socialmente vulnerável, desprotegido, sem oportunidades, desinteressado e apático. Desconsidera-se o que é “ser jovem”, inviabilizando a noção do sujeito, perdendo a dimensão do que é a identidade juvenil, a sua diversidade e as diversas desigualdades sociais.  O verbo do jovem não é conjugado na escola.


[1] Miriam Abramovay - Socióloga, Pesquisadora, Coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da FLACSO-Brasil, bolsista da FAPERJ e membro do  NPEJI-Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre Juventudes, Identidades, Culturas e Cidadanias – CNPq/UCSAL
Mary Garcia Castro – Professora da UCSAL, Programa de Pós Graduação em Família na Sociedade Contemporânea e Mestrado em Políticas Sociais e Cidadania; Co-Coordenadora do NPEJI- CNPq/UCSAL; pesquisadora do CNPq; pesquisadora da FLACSO-Brasil  e bolsista da FAPERJ
[2] Entende-se por violências duras aquelas que são reguladas pelo código penal.

quarta-feira, 6 de março de 2013

A-político ou radicalismo contemporâneo?


Hoje não há nada tão intransigente do que o apoliticismo!

Acratas, socialista e esquerdistas foram chamados corretamente de radicais, mas entendidos equivocadamente como intransigentes.

Radicalismo é o oposto a intransigência!

Pregam sinônimos aonde são antagônicos!

Os que se elegem a-políticos, a-ideológicos nos causam tosquice, porque ao contrário dos anarquistas e demais correntes pela práxis autónoma e radicais, vão além de dizer que a política não presta!

Mesmo os anarquistas individualistas, quando decidem acionar seus interesses não será basculando a classe trabalhadora e oprimida surdos e cegos diante da alteridade.

É impossível conversar com os que defendem a tirania apolítica porque eles são intransigentes e por isso, não radicais.

Eles não buscam ir na raiz das questões, que sabemos todos exigem reposturização de ideias, práxis e compreensões.

Intransigência é o impedimento de percurso das ideias, irredutibilidade e ausência de qualquer dúvida sobre o que se defende.

Aqui os acratas sempre se afastaram dos esquerdistas intransigentes e do liberalismo, e, inversamente se aproximaram dos libertários comprometidos com o apoio mutuo, por ser a práxis máxima de uma dinâmica de alteridade. Não somos solidários (sol), mas mutualistas!

O apoliticismo é a pior expressão de tirania, pari-passu caminha com o fascismo yuppie moderno!

Quem e porque ajudamos não tem nada a ver com sermos melhor ou ser um sol para alguém!

Somos mutuamente necessários pelo prazer de ser humanos e ver em nós e nos outros nossas potencialidades de alcançar cotas de liberdade!



segunda-feira, 4 de março de 2013

Fantástico pautando a educação nacional novamente e conheçam meu irmão!

Neste domingo dia 03 de março apareceu uma matéria sobre tecnologia da informação e uma escola da Rocinha.

http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/t/edicoes/v/tecnologia-invade-sala-de-aula-da-rocinha-e-muda-processo-de-aprendizado/2438497/

Henrique Sobreira, meu irmão, é um dos entrevistados e fecha a matéria.

Não me incomodo com o discurso do meu irmão, que acho até palatável!

Me incomoda é o Fantastico e a rede Glogo tentarem pautar o debate educacional no Brasil.

Escolas sem paredes e por trabalho educativo por grupos intergeracionais e por afinidades é uma prática antiga do anarquismo. E sempre terve os mesmos efeitos que a matéria indica.

Pior é que embora o discurso final seja claramente sobre um outro entendimento do papel da escola, fica no teor geral a despolitização dos educandos e professores. A questão se resume no tido a uma habilitação técnica.

O que agrada a Globo é toyotismo serf service educacional que faz um indivíduo evoluir aparentemente num processo coletivo, mas é claramente pessoal.

O problema da educação nacional é para a sociedade liberal e elite da senzal o atraso e baixo aproveitamento.

A tecnologia como pilula de bem estar e fim de aulas padrão não alteram a condição de escola que não age, mas que é amansada e repatriada ao capital e a uma sociedade adulta injusta.

sábado, 2 de março de 2013

Assembleias Mirins, Juvenis, afinidades e gerais: Pilares da Pedagogia anarquista e escolas democráticas

A assembleia com os envolvidos em um processo educativo libertário ou democrático é o pilar de uma formação pessoal e coletiva.

Há muitos modos e especificidades das assembleias, mas o resultante delas é sempre fruto de debate. E não fugir desse debate é o que aprimora e torna esses encontros produtivos e não meramente normativos, são práticos, úteis e dinâmicos quando seriamente trabalhados os mecanismos das assembleias.

Começar desde a tenra idade a decidir suas planificações pessoais, coletivas e revisá-las publicamente auxilia no amadurecimento das pessoas a assumir suas responsabilidades.

É difícil e progressivo o processo de adaptação.

Há escolas que até a compra de materiais e a alimentação é definida e feita pelos membros dessas comunidades educativas radicais.

Esse processos participativos e deliberativos são centrais e metodologicamente viáveis, no entanto, como nossa formação é autoritária, muitos não se permitem capacitar para esse grau de liberdade e suas consequências.

Nas escolas democráticas, anarquistas, socialistas e emancipatórias é mais importante aprender a decidir e assumir as consequências dessas tomadas de decisão do que aprender os ensinamentos formais da educação liberal burguesa.

A educação formal nos ensina fugir de nossas responsabilidades quando dizem militarmente que temos que ser responsáveis cidadãos, mas o mecanismo para realizar isso é interditado!

Vamos à assembleia!


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Delimitar o que se deve ensinar e o que se deve aprender!

A primeira e mais importante máxima que creio ser dos propósitos educativos anarquistas é não dizer a ninguém o que ela deve aprender.

Nem em planos estatais nem em planos pedagógicos!

A todo momento somos induzidos a acreditar que o pré-delineamento de um propósito educativo é mais importante do que a decisão, percepção e ação pessoal para aprender algo.

Se aprende com planos estatais, mas a que custo?

Um monte de gente infeliz que não sabe nada o que fazer com as besteiras que acumulou/rejeitou em escolas!

Isso não é inteligente! Serve apenas para formatar as pessoas para algo que elas não acreditam!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Fantástico e o direito de escolarizar em casa!

Neste domingo saiu uma matéria no Fantástico sobre uma família que luta para ter o direito de educar seus filhos em casa.

O que me parece será superficial e uma bobajada inútil!

Mas como produzi um breve texto alguns dias aqui neste blog, creio que cai bem!

No país que alardeia o ensino a distância em todos os níveis, temem o que?

Veja a matéria na integra em:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/02/pais-brasileiros-lutam-pelo-direito-de-educar-os-filhos-longe-da-escola.html


Pais brasileiros lutam pelo direito de educar os filhos longe da escola

Para pedagoga Maria Stela Graciani, crianças deixam de interagir quando não há convívio escolar. Cerca de mil famílias ensinam filhos em casa.
deixam de interagir quando não há convívio escolar??????
 
que interação!?!?
Será que essa pedagoga tem seu filho numa escola pública!?
 
E a interação nas privadas???
 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Moral anarquista! Não fortalecer o fascismo!

Dizer que haja uma moral anarquista pode criar confusões!

Moral que se adota é a que caminha mais próxima da ajuda mutua.

Há um rol de anarquistas que luta pela  e com a classe trabalhadora para romper as amarras do capital!

Há valores morais que são mesmos éticos e contrários à moral patrimonialista.

Contra o falso moralismo que oferece recompensa a que é servil e se rende ao poder por mero conforto.

Render-se ao poder é apenas justificável para aqueles tão enfraquecidos, doentes, arrimos de família, abandonados de tudo que são incapazes de lutar. E ainda assim, há entre esses os que mais lutam.

Os que ainda podem bradar por liberdade, a esses, casa a manutenção de não servir, não ajoelhar e não sucumbir às piscadelas do poder! Embora sejam em alguns momentos os que mais confortavelmente se calam!

Dentro do anarquismo, cada um faz o que aguenta! Desde que não fazendo nada, não apoiem o fascismo!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Proibido ensinar em casa!

Segundo nossas leis, não matricular uma criança ou adolescente em escola pode gerar um processo através de denúncia por "abandono intelectual".

Mas os pais insatisfeitos com a educação, método, relação, avaliação e encachotamentos dos filhos a regras militares fascistas não podem processar o Estado por abandono Intelectual!

O ProUni, política de cotas e a permissividade de se criar escolas privadas e são provas cabais do abandono intelectual do Estado.

Talvez essa seja nossa sorte!

Em que interfere que pais e comunidades eduquem seus filhos!!?

Que tipo de relação social se está privando uma criança?

Sabemos todos que o desenvolvimento de algumas crianças são notoriamente mais ricos com os pais do que em escolas corrosivas com seu baixo nivel intelectual e moral.

Os professores acham que seus novos carros e suas novas dívidas em cartão propaladas nos corredores não afetam seus educandos? Os que estão endividados também pensam que seu desconforto econômico e profissional não afeta seus estudantes?!?!

As crianças filhas de trabaladores não possuem alternativas, salvo se os sindicatos assumissem a educação. Mas as experiências que temos são pautadas na formatação, competitividade e outras tolices concorrenciais e até ideológicas de um esquerdimos dogmático.

Pais e filhos absortos em egocentrismos desejam parecer o que não são!

Quem quer fugir dessa prisão de falsos valores tem que insurgir em casa e reforçar outros valores, mas em geral sucumbem a videogames e outros caprichos tecnológicos.

Ilhar-se é uma bobagem! Sobra que os próprios filhos tenham amparo dos pais quando essas escolas começam a destrui-los e lhes permitir escapatórias.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Escola e loucura, um logo passo histórico a superar

Todos os educadores que se debruçaram seriamente sobre a educação, mesmo Rousseau, sabiam que um sistema único, militar e cotidiano não teria efeito numa formação saudável dos educandos e levaria os educadores a se transfigurarem como tristes figuras de pré-carcereiros.

Leon Tolstoi, autor de Guerra e Paz, escreveu também um livro que descrevia uma das primeiras experiências educativas libertárias financiada, concebida e realizada por ele, a saber: A escola de Yasnaïa Poliana.

Esta obra e experiência desconhecida dos educadores liberais e ofuscada pelo marxismo dúbio, tinha muitos despropósitos aos olhos de hoje, mas em muitos casos seu conteúdo é moderno por impedir a insanidade de educandos e educadores.

Uma frase destacam todos que acessam este livreto:

Que deva ser a educação uma prática da liberdade!

Não poderia se de outro modo, pois o termo pedagogia é sinônimo de autonomia.

Liberdade pode ser questionável, mas ir contra ela é o que enlouquece trabalhadores, educadores, educandos e todos que se mutilam aprisionados pelos poderosos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Escola adoece professores! Digo eu: No mundo inteiro


Pesquisador afirma que estrutura das escolas adoece professores

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-02-06/pesquisador-afirma-que-estrutura-das-escolas-adoece-professores.html
Para historiador da USP, sociedade critica todos os aspectos do cotidiano escolar, mas se esforça para mantê-los da mesma forma. Ele propõe discutir o “rompimento” das estruturas
Priscilla Borges- iG Brasília |
“O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”

A escola formal é uma fábrica de loucos! Na matéria acima que saiu hj no portal ig se verifica que isso sempre aconteceu de algum modo, mas agora acontece em pouco tempo! Em seis meses de trabalho escolar! E a matéria continua:

Viver sem escola: é possível?
Orientado pelo professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das escolas como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um novo olhar sobre a educação, um conceito chamado abolicionismo escolar.
“Criticamos quase tudo na escola (alunos, professores, conteúdos, gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma modificou a rotina do cotidiano escolar: todos os dias, uma legião de crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a supervisão de um professor para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de ensino”, pondera.

Citam Foucault, que se negava ser classificado como anarquista! 

Danilo Ferreira de Camargo, mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na dissertação O abolicionismo escolar: reflexões a partir do adoecimento e da deserção dos professores, Análise de mais de 60 trabalhos acadêmicos que tratavam do adoecimento de professores.

Os anarquistas todos do início do século passado já sabiam disso! Não esquecer que os estudantes também adoecem no mundo inteiro em nossos dias, seja qual seja a cultura e indice de aproveitamento educacional! Quando não pegam armas e metem balas nas pessoas de suas escolas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Aprofundamento sobre Método e anarquismo

Anarquismo e método

Uma questão presente entre alguns metodólogo(a)s e anarquistas é da possibilidade de existir um método próprio que se possa denominar anarquista. Seria fácil fugir da tarefa se afirmamos que o simples ocorrência de existir um método que se está a estabelecer uma hierarquia, por tanto, já não mereceria essa denominação.
É necessário dissipar essa dúvida ao se reafirmar que a hierarquia a que se contrapõem anarquistas é de uma pessoa ou grupo de pessoas oprimindo outras. É no âmbito político e das relações humanas (homem/mulher, educador/educando, sabedor/fazedor, rico/pobre, experiente/inexperiente, forte/fraco ou qualquer outro par dialético com as características de sobrepujamento).
O método anarquista não existe da forma com se imagina ser a aplicação aleatória, inexata, a-objetificante, descompromissada ou ideologicamente definida pelo acratismo (anarquia).
Anarquistas do final do século XIX até a década de 1960 não se preocuparam em criar um método próprio para o fazer científico. Tal não era a preocupação com isso que todos os trabalhos de profissionais anarquistas são marcados pelo método indutivo.
Afirma melhor sobre isso Fernand Pelletier em obra recente, de 2009, não traduzida para a língua portuguesa ao retomar uma polêmica afirmação de Kropotkin com os seguintes dizeres:
Todas [descobertas do século XIX] foram feitas pelo método indutivo – o único método científico. Pois sendo o homem é uma parte da natureza [...] não há, por isso, nenhuma razão para que [...] abandonemos o método que até o momento teve boa serventia, para fazer com que se busque outro dentro do arsenal metafísico. (KROPOTKIN, 1913 apud PELLETIER 2009, p. 157) (tradução do autor).

Esta afirmação extraída por Pelletier demarca algo que já é notoriamente conhecida na geografia que se debruça sobre o pensamento de Elisée Reclus e Piotr Kroptkin. Não querendo simplificar, ambos os dois geógrafos anarquistas seguiam a escola da geografia moderna, apostando na razão e no cientificismo por acreditarem que a ciência seria capaz de esclarecer a humanidade os erros de suas crenças, costumes, preconceitos e ignorância.
Em razão de tão evidente comportamento filiado à ciência não temos bases para debater um método especificamente anarquista nos trabalhos desses dois geógrafos anarquistas. Pelletier, contudo, consegue avançar no tipo de resultado e pensamento anarquista na forma de compreender os resultados dos trabalhos realizados por eles, trazendo para nós avaliações importantes.
A posição de Pelletier se inicia com uma crítica a Paul Feyerabend que é citado em alguns textos como autor importante para a formação de um método anarquista. Pelletier (2009, p.157) avalia que Feyerabend não se apoiou no movimento anarquista para construir seus enunciados e nem considerou as experiências ocorridas na Revolução Russa (1917-1922) ou da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), por isso, esquecendo “[...] as práticas sociais concretas e massivas que dragou intelectuais. Permitindo escamotear os pensamentos próprios que foram a base dessas práticas”. (PELLETIER, 2009, p. 157).
A crítica feita por Pelletier a Feyerabend se estende dizendo que ele apenas compreendeu erroneamente o anarquismo ao assimilar a ausência de lei ou ordem propugnada por anarquistas com o posicionamento de não considerar o sentido mesmo ou razão da existência da lei e da ordem. Se nos afastamos da crítica para entender que Feyerabend lançou uma provocação pertinente, ainda assim, isso não nos oferece uma solução para que tipo de pensamento se coloca diferente em intelectuais anarquistas em suas assertivas científicas diante das outras correntes comprometidas com a ciência.
A máxima citada de Feyerabend “Qualquer coisa serve” pode ser entendida no sentido literal ou concreto da opção metodológica e a irracionalidade contida nela pode gerar um saber científico, mas tais resultados podem estar menos engajados nas razões e seriedade anarquista, portanto, não serem anarquistas como propositura final. Reflexão de partida anarquista, pode assim, não gerar uma construção teórica engajada com a ação anarquista.

quem desejar o texto completo, solicitar ao meu e.mail -sobregeo@ig.com.br