Recentemente recebi
um texto sob o título “Educação Proibida” indicando ser de Maurício Hojas
(*) discorrendo sobre do ataque do governo sueco contra as escolas livres.
Antes de adentrar no mérito da questão é necessário fazer alguns
esclarecimentos.
As escolas, livres,
democráticas e de felicidade não são sinônimo de libertárias
(leia-se políticas sociais e revolucionárias). Os mais radicais
diriam que a palavra escola e libertarismo nunca devem andar juntas.
Esses propõem o fim da escola e estabelecimento de comunidades
educativas.
As escolas livres
tem seu fundamento pedagógico em Summerhill (Inglaterra). Assim,
Escola da Ponte (Portugal) e outras no mundo vivem nesse ambiente que
lutam por uma educação antiautoritária, autodidatismo, liberdade
dos planos nacionais de educação e estatal e que lutam pela
descoberta de saber ser, se autoconhecer primeiro para depois pensar
em ter conhecimentos. Buscam primeiro a felicidade, bom convívio,
tolerância, compaixão e liberdade.
Nesse eixo entraram
escolas de fundo filosófico ou religioso ou espiritualista ou
terapêutica ou de alguma corrente pedagógica liberal, mas sem pode
dizer que são engajadas politicamente, algumas são até contra ter
formação política. Assim, escolas livres são liberais, mas não
são libertárias. Toda educação libertária é política, pelo
simples entendimento filosófico de que se uma pessoa é livre, não
se pode aceitar a escravidão dos outros em nenhum lugar do mundo e
da história.
Na Suécia e em
outros países nórdicos, mas também Israel, Japão, Brasil e
espalhados pelo mundo há o movimento de escolas livres, mas no texto
de Rojas e das críticas que a ele fizeram o problema é que essas
escolas livres fazem parte do cardápio das políticas liberais na
Suécia. Por possuírem métodos não Estatais e de felicidade,
alguns dos pais e mães tenderam colocar seus filhos nessas escolas
privadas. Criaram assim um tipo de escola privada, anti-estatal, mas
não revolucionárias.
A escola estatal
socialista sueca sempre elogiada no mundo passou a conviver com a
escola privada, assim, as avaliações nacionais e a queda da
qualidade educacional comparativamente às escolas livres na Suécia
começaram entrar na conta de uma disputa ideológica.
As escolas todas e
as estatais, para o libertarismos mais radical são detestáveis por
princípio, mesmos as ditas socialistas. Mas a solução por uma
educação privada como parece ocorrer na Suécia cria ou começa a
criar distorções que não existiam ou eram menores, fazendo um
pouco do que foi feito no Brasil, onde a educação é primeiro um
mercado a se disputar ou feito para aceitar as relações de
mercadoria.
Então, as escolas
de liberdade e antiautoritárias em alguns lugares tem sido apenas
uma brecha e oportunidade de mercado, mesmo contendo princípios da
educação não diretiva e afáveis.
(*) Suécia: as
escolas livres derrubarão o projeto socialista.
http://reevo.org/externo/suecia-las-escuelas-libres-y-la-politica/