Estou estudando para
um conscurso. Neste estudo eu leio a legislação e pareceres sobre a
formação docente, a junção de uma teoria com a prática. Algo que
considere a cultura dos estudantes, que inclua a realidade da
sociedade numa praxis, seja por pesquisa, seja por projetos ou
vivências na sociedade.
Todos esses
pareceres são meritórios e a legislação deu um escopo para que se
mude a formação muito teórica isolada da prática, para que seja
mais teórica e inseparavelmente engajada na práxis.
Porém, meu tempo de
estudo nos últimos anos é a pedagogia anarquista, que como outras
pedagogias libertárias e a pedagogia original tratam da autonomia sem esses adjetivos redundantes.
Veja, precisamos de
uma legislação, que ciente da falta de democracia, de autonomia e
liberdade educacional nas escolas, universidades e outras comunidades
educativas são autoritárias ao ponto em que se tem que fazer um
documento Estatal que crie a palavra cidadania e cultura.
Eu respeito todos
esses teóricos, são sinceros, desesperados como eu sou, com
profusão no que lutam e horas de estudo. Entretanto, quando nós éramos
vítimas de professores desligados das suas tarefas fomos atrás de formar grupos de estudo
independentes do currículo, produzíamos textos para publicar num
jornal, fomos para militância estudantil e social, íamos para
congressos debatíamos nas plenárias e assembleias gerais, fazíamos
festas e provocações culturais, caminhadas e participávamos de
outros grupos e debates que existiam na universidade e ainda
oferecíamos oficinas e cursos para quem quisesse. Parávamos num
congresso e abríamos discussões para quem passasse nos corredores,
sem certificado, sem lista de presença.
Fazíamos tudo que era
formal, estudávamos tudo que era exigido e fazíamos tudo o mais que
surgisse que nos provocasse ação e pensar. Quando vejo essa provocação na legislação eu tenho vontade de mandar todos à merda!
Muito mais do que
essa legislação sobre formação docente e estágio pede hoje eu vi e fazíamos mais!
Tudo bem, essa
autonomia não nasceu de graça em mim e meus pares, mas quando vejo
uma legislação e pensamento teórico tentar criar isso, fica nítido
que a questão do exercício da democracia qualitativa nos obriga a
formalizar todas angustia.
As normas podem
ajudar o que fariam do mesmo jeito sem elas e serve para quem não
faria nada disso ser pressionado a fazer, mas não fazem porque a
sociedade é autoritária e toda essa crítica consistente da
formação acaba em si sendo autoritária.
Continuamos a tratar
professores em formação e em serviço como criancinhas babonas!
E vamos nós com o ensino obrigatório disso e daquilo sobrecarregando a escola de tarefas, desviando de sua luta por autonomia do sujeito
.......e a universidade formadora de professores? Usa de documentos formais e legislativo que são letras mortas para maioria dos cursos.
Quer ter uma formação autêntica e não ser tratado como criança babona!?
Mexa esse rabo e pare de esperar dessas leis, currículos e espasmos docentes..assuma tua autonomia intelectual!
Na teoria e na prática intensa....você é teu responsável intelectual!