O amor parece uma abstração incompatível com o anarquismo. Se há a pretensão de estar com uma pessoa ou várias, por acordos sexuais ou afetivos, sempre estamos optando por nos aprisionar a algo e perder a liberdade!
Um alpinista que amputou a mão escolheu entre morrer de sede e fome preso numa fenda de rocha! Perdeu a mão para manter a vida. A liberdade política e de autodeterminação também pede aprisionamentos e perdas!
No que se considera amor, as tiranias surgem com facilidade! Também surge a perda de liberdade que nos oferece algo que sozinhos não obteremos!
A liberdade que o anarquismo quer é contra as tiranias, se numa relação o fator que ressalta é a tirania. Cedo ou tarde a relação se desfaz por bem ou por mal!
No anarquismo, o amor sempre será um dilema! Alguns confundirão ter muitas relações com ser livre! O barato não é ser livre e puramente livre, mas ter clareza de que você e a outra pessoa estão perdendo parte da liberdade para desenvolver uma luta contra o autoritarismo!