Sou um leitor assíduo
da Revista Veja. Toda vez que vou ao dentista eu leio todas as
revistas, a Veja uma delas. Nessas oportunidades leio todas de fotos,
de fofocas, os livrinhos da Avon. Em 15 minutos eu já folheei todo o
lixo e o comi vorazmente.
Sou compulsivo leitor
de bobagens. Na última feita encontrei um texto do Claudio de Moura
de Castro que para mim é especialista em dizer o que os outros devem
fazer em educação.
Um autor que é mestre
em dizer o que os outros devem fazer é admirável. Mas no texto
intitulado Mexíveis e imexíveis (neologismo criado pele
ex-ministro Magri, Cf Google). Este texto pode ser encontrado em:
http://cemanosdeitabuna.ning.com/profiles/blogs/mexiveis-e-imexiveis-por-claudio-de-moura-castro.
Que
destaco o seguinte trecho:
“Maurício M. Fernandes e Cláudio Ferraz (da USP e PUC-RJ) realizaram uma pesquisa econométrica muito cuidadosa, usando funções de produção para testar o impacto de várias características dos professores (http://www.econ.puc-rio. br/uploads/adm/trabalhos/files/td620.pdf). Com dados do Estado de São Paulo, buscaram testar o impacto de duas variáveis críticas sobre o ensino na 8- série: 1) o domínio da matéria ensinada (usando as provas da Secretaria de Educação, aplicadas aos professores) e 2) as práticas adotadas em sala de aula. Ambas são "mexíveis", pois é possível aperfeiçoar o conhecimento dos mestres e, ainda mais factível, melhorar suas técnicas de ensino.”
E tem uma conclusão
sintética e superficial assim destacada no texto “Qualquer
professor que adotar práticas hoje recomendadas terá alunos que vão
aprender mais”.
Uma frase do tipo: Se você, professor, fizer o que
dizem que você deve fazer, teus alunos terão benefícios! Mágico
não é??
Assim, na interpretação
desse mestre de obras prontas, ele acredita que o professor não faz
o que acha que tem que fazer por que o professor é indolente às
inovações e sugestões didáticas e teóricas?!?!?
Eu seguirei com uma
retórica nos seguintes termos: Toda vez que eu vi um professore
tentar seguir a LDB, novas práticas, o plano pedagógico da escola,
a vida dele virou um inferno na escola ou foi denunciado na
Secretaria de Educação Municipal ou Estadual. E os que escaparam
dessa casa de horrores foi graças à sua politização.
Em geral, os
professores que fazem bem seu trabalho são perseguidos, destruídos,
isolados e esse autor da Revista Veja é igual ao cara que quer se
embriagar com cerveja sem álcool, beber café descafeinado e
acredita em pesquisa sem política, medindo com varetas os
professores extraídos de suas almas, personalidades e vidas.
Despolitizem-se, tudo é
questão das varetas que te medimos!
Em breve volto ao
consultório de dentista. Adoro ler texto de terror