domingo, 27 de julho de 2014

Professor bom é professor frito! me traga um bem passado!?


Os dados jornalísticos e estatísticos oficiais no Brasil sempre tem defasagens em relação à realidade. No caso dos dados sobre o ensino isso é também verdade.

Em se adotando essas informações como próximas da realidade, ainda assim, são importantes.

A mídia (1) reproduz informações que 20 % das licenças médicas foram concedidas aos profissionais da educação em decorrência de stress ou estafa em 2012 .

Em outra mídia (2) de 2010 reproduz a informação de que a Síndrome de “burn out” (Síndrome de Professores Fritados) que é mais grave do que estafa foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.

Em uma reprodução sobre dados (3) da Associação de Professores do Estado São Paulo – APEOESP: 41% dos entrevistados afirmaram terem sofrido, no ano anterior à pesquisa, com problemas relacionados a sua saúde mental, deste, 29% foram diagnosticados com depressão e 23% com transtornos de ansiedade. […] Dos profissionais que declararam sofrer de ansiedade ou pânico, 62% não fazem acompanhamento médico regularmente. Entre os que afirmaram sofrer de depressão, 59% não tem acompanhamento médico regular. Para Fábio Santos de Moraes, secretário geral da Apeoesp, a política do governo estadual colabora para este quadro.

Então, a questão de saúde mental dos professores pode ser de aproximadamente 20% declarada e encaminhada e de 60% sem qualquer encaminhamento.

Noutro artigo (4) reproduz se que: As licenças médicas em 2006 no Estado de São Paulo foram cerca de 140 mil, com longo tempo de afastamento, seguindo uma média de 33 dias. Esses afastamentos geraram prejuízo financeiro para o país em torno de 235 milhões de reais.

Se vamos para estudos de caso científicos (5)  o percentual de transtornos mentais e comportamentais 18,99% em outro artigo afirma-se que 67,1% dos professores pesquisados apresentaram stress apenas  e 32,9% não apresentaram sintomas significativos do stress (6).

Então, que tipo de educação, ambiente escolar e sistema de ensino se pode dizer que há qualidade se parte dos afastamentos é por transtornos mentais e que a profissão é o principal desencadeador e agravante desses casos?

Insisto muito com meus amigos professores....mintam...trapaceiem a escola, sejam cúmplices dos estudantes, tentem se divertir e descobrir modos de burlar a loucura a que são submetidos...o sistema não pode ter compromisso com o professor e prefere pagar licenças, aposentadorias precoces do que  criar ambientes saudáveis.

  1. http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/01/cresce-numero-de-professores-afastados-por-problemas-psicologicos.html
  2. http://www.cnte.org.br/index.php/comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/5293-sindrome-de-burn-out-e-a-terceira-maior-causa-de-afastamento-do-trabalho 
  3. http://www.apeoesp.org.br/noticias/noticias/estresse-depressao-e-ansiedade-os-inimigos-do-professor-da-rede-publica-de-sp/
  4. http://www.mundoeducacao.com/educacao/a-consequencia-estresse-nos-professores.htm 
  5. http://bibliotecadigital.unec.edu.br/ojs/index.php/unec03/article/viewFile/289/365
  6. http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n10/n10a09