terça-feira, 16 de setembro de 2014

Professores, vossa profissão é a mais danosa para vossas vidas!



Barão de Munchausen desatolando se da lama pelos cabelos


No Brasil se defende muito facilmente que nossa educação é ruim por baixos salários que pagam aos professores! É verdadeiro!

Mas na Coreia do Sul, Japão e outros exemplares países que pagam bem e que a educação é superior à do Brasil nas medidas comparativas absolutas e relativas, há um grande índice de suicídios, de rejeição à escola e assassinatos em massa de estudantes, nos casos mais alarmantes.

Professores brasileiros preparados teoricamente, pedagogicamente, didaticamente, de esquerda, centro ou direita, sofrem de distúrbios mentais e por isso afastam-se do trabalho, desistem da profissão ou levam uma vida desgraçada por não poder realizar o que se aprendeu, crê, deseja e percebe ser urgente e necessário fazer em suas escolas e são trucidados ao tentar.

Sofrem mais preocupados em pedir silêncio, tirar chicletes da boca, bonés da cabeça, celulares das mãos e separando brigas, do que fazendo aquilo que se prepararam.

A mídia e governos ficam pressionando, dando exemplos, insistindo em qualificações, mas cobrem pobremente as demandas dos sindicatos, dos movimentos de greve, das manifestações consolidadas sobre os problemas docentes.

Agora a moda é escola integral, daqui uns dias, escolas sem paredes, grupos de afinidades, educação por projetos, teleoeducação, trans-multi-inter-intra disciplinariedades, processos em rede..escolas da felicidade e por ai vão os receituários diretivos, intrusivos, incisivos e salvadores da pátria educacional!

O professor para sobreviver nesses lugares depende de talento, coragem e uma boa dose de despojo. E até de ser um mentiroso compulsivo!

Eu descobri que mentir para a escola, fazer firulas pedagógicas, mentir para as coordenações, era um bom modo de trapacear e me aproximar dos estudantes que é o ouro desses hospícios e fábrica de loucos.

Professores certinhos..se lascam! Tem muita gente que acredita piamente que escola foi feita para libertar e essa crença é que gera doenças mentais. Os professores acreditam sinceramente e lutam por isso! E ficam doentes!

Solução?

Para você eu não tenho!

Não tenho! Apenas penso que se o índice de distúrbios e sequelas emocionais e mentais é muito menor comparativo com os profissionais dentistas, médicos, assistentes sociais, policiais, enfermeiros e todos os que trabalham muito intensamente com pessoas, que a profissão de professor é mais perigosa que se imagina!

Mais perigosa para você honesto e responsável docente que poderá cedo ou tarde ser acometido de um distúrbio mental!

E o risco é você sobreviver!



domingo, 7 de setembro de 2014

Escola Integral ou Crechão: Mais Cultura na Escola (Dilma), anarquistas e eleições.



A primeira leva de educadores anti-autoritários, entre eles os anarquistas à frente, propuseram a Escola Integral. Leon Tosltoi já havia anunciado e praticado esse caminho na década de 1850 na Rússia em sua escola Yasnaia Poliana (1859-1862).

Esse princípio foi defendido pelos anarquistas como Francesc Ferrer i Guardia (1859-1909) na Escuela Moderna (1901-1906), Paul Robin (1837-1912) - Orfanato Cempuis (1880-1894); ; Sébastien Faure (1858-1942) - La Ruche (1904-1917), ambos na França. 

Como se vê, esses pensadores, entusiastas e anarquistas levaram essa prática dentro de seus projetos e alguns historiadores da educação tratam esses fatos como meninices anarquistas.

A proposta de escola Integral, anti-autoritários, anti-sexista, laica e anticlerical teve seu apogeu durante a Guera Civil Espanhola (1936 e 1939), quando existiram 89 escolas dessa tendência só em Barcelona e 55 fora da capital catalã, mas poucas funcionaram depois de 1939, com o fim de Guerra Civil Espanhola. 

Em paralelo, A.S. Neil na Inglaterra criou Summerhil que era um sistema de internato, sem divisão de sexo e aulas obrigatórias. Incluindo terapias individuais e com afastamento total dos pais para evitar o desenvolvimento do complexo de Édipo.

Em vários lugares do mundo os sistema de escola integral foi adotado, porém, numa perspectiva de educação obrigatória. No Brasil, ocorreu o sistema integral (Escola Classe e Escola Parque) com Anísio Teixeira na década de 1940, inicialmente na Bahia e posteriormente em outra partes do país. Nas décadas de 1960 foram criados os Ginásios Vocacionais e que foram extirpados pela Ditadura Militar no final da mesma década e início da década de 1970, pelos caráter subversivo que continham aos olhos dos apoiadores da ditadura.

Na década de 1980 foram criados por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) e que perduram até hoje. Posteriormente Fernando Collor implantou em 1991 no Brasil vários Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CIAC, com algum sucesso, mas nada notável.

A provocação dessa política pública educacional ficou marcada de fato pela defesa de Darcy Ribeiro e concretizada nos CIEPs, que foi seguido posteriormente, em tese, por alguns governadores e prefeitos, alguns com resultados interessantes e muitos foram um desastre repressivo duplicado na vida de crianças e jovens.

Essa ideia de que a escola integral em si é boa, pois Darcy Ribeiro defendia que quanto mais uma criança permanecia na escola, maior seria seu aproveitamento, foi mal interpretada por gestores que simplorizaram o projeto. A permanência na escola é uma derivação da frase preconceituosa dos que defendem o trabalho infantil dizendo: Mente vazia tenda de Satanás! Melhor criança na escola do que fazendo coisa errada na rua!

Hoje, com quase 100% de crianças e jovens frequentam a escola nesse país, algumas em sistema integral, políticos defendem a permanência em escolas por 8 horas em sistema obrigatório. Professores são sobrecarregados, bolsistas e oficineiros mal pagos ou voluntários bondosos que são chamados para acudir escolas entupidas de atividades, nenhuma adaptação e os mesmos restritos recursos.

Pais que trabalham preferem esse modelo crechão, que ocupam seus filhos em dois turnos e os liberam de viver com os filhos. A classe rica que não aceita bem a escola integral injetam seus filhos em cursos extra escola de balé, dança, inglês, karatê, música, terapia e outros mais ou menos caprichosos.

Os pedagogos anarquistas de hoje abominam esse sistema integral, já que é obrigatório e sistêmico com parcial decisão do corpo discente, dado ao caráter autoritário constante em escolas públicas. Sim, há experiências felizes, mas poucas! 

Nesse momento de eleições nenhuma das propostas de escola integral foge da compreensão crechão e por isso, escola autoritária em um turno será duplamente autoritária em dois turnos. 

A Escola Integral é vendida como Mágica! A educação integral é a Magia da escola pública. Só não revelam os políticos por qual razão os jovens de escolas privadas a um turno tendem a ocupar a maior parte das vagas de cursos da elite e outros, através dos vestibulares das universidades públicas!

O Programa Mais Cultura na Escola em parceria Ministério da Cultura e Ministério da Educação, no intuito de trazer uma perspectiva cultural e lúdica para escolas de ensino fundamental, buscou auxiliar as escolas municipais a receber projetos de grupos artísticos e artistas, no sentido de fazer oficinas, apresentações envolvendo escola, pais e comunidade.

São ações paliativas, criticáveis, mas realistas, pois há muitos prefeitos e governadores que em suas mentes a ideia de Crechão é a única coisa que existe ou: UM GRANDE DEPÓSITO DE GENTE FILHA DE TRABALHADORES!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Deseja investir em teu filho? Divorcie-se dele e mande-o para Cuba! Ou para o lugar mais longe que se conseguir!



Escola Integral uma ova! Distância Integral de pais neuróticos, isso sim!

A.S. Neil dizia que para a criança se livrar do complexo de Édipo provocado pelos pais, seria necessário separa-lhes dos filhos aos 7 anos de idade. Essa foi uma das provocações mais radicais em educação que aprendi com a Escola Summerhill na Inglaterra, a famosa escola da felicidade ou escola sem portas, em que a criança vive em regime de internato.

Em 2008, quando visitei Summerhill os estudantes eram um terço do Japão, outro de diversos países e outro da Inglaterra. Dizia-se que o sistema educacional japonesa é tão repressiva que os pais preferem se separar dos filhos para que não sofram.

Nessa semana li duas manchetes enigmáticas presentes na mídia corporativa que adicono os links originais e textos completos no final desse texto. A primeira que me tocou foi a avaliação da educação em Cuba que recebeu o reconhecimento de ser a melhor da América Latina e do Caribe. A segunda matéria, deixei grifada em alguns trechos para destacar a atenção do leitor, que se trata de sítio chamado Finanças Femininas e com o título: “Educar bem os filhos também é investimento”

Ao ler a matéria, em síntese, discorre que uma criança só pode ser responsável com dinheiro se for criada sem ambivalência entre a bondade e a repressão dos progenitores (acho melhor não usar a palavra “pais” tentando ser fiel ao artigo no que tange o seu caráter domesticador).

Li o artigo preocupado com a palavra investimento. Achei que se trataria de investir em educação, escolas de qualidade e que na frente o filho iria render lucros! E é isso mesmo! Sem amarrar e reprimir adequadamente seus filhos, eles se tornarão irresponsáveis e volúveis.

Comparando com o artigo sobre a qualidade da educação em Cuba, se quiser investir em teu filho, mande-o para bem longe de você, para um lugar que as palavras: investir, contas, decisões tomadas, influenciar, limites e castigos façam parte da vida deles de outro modo!

Esses pedacinhos de carne que nasceram de vocês, que andam e falam merecem outro destino que não seja o matadouro das finanças e dos investimentos. Manda para Cuba, eles agradecerão! Ah! Não gosta de poucas liberdades? Estranho!? Qualquer lugar que teu filho ficar longe de vocês já será ótimo!

Banco Mundial eleogia o sistema educativo de Cuba como o melhor da América Latina e do Caribe

Após ler essa matéria sobre Cuba...leia com paixão essa segunda!

http://financasfemininas.com.br/educar-bem-os-filhos-tambem-e-investimento/

Educar bem os filhos também é investimento

No início de um namoro, as diferenças de personalidade, por mais gritantes que sejam, são superadas com mais facilidade. São as mágicas que o amor costuma fazer. Ao longo da convivência, no entanto, alguns traços divergentes na personalidade de cada um começam a gerar transtornos maiores, mas entre uma briga e outra muita gente acaba se entendendo até chegar ao altar. A questão é que essas diferenças podem influenciar de forma marcante na educação dos filhos.
Entre vários outros aspectos, um dos pontos afetados é forma como eles vão aprender a lidar com dinheiro. Vamos tentar entender de forma mais prática: suponhamos que você seja a “linha dura” do casal e que seu parceiro seja mais light. As primeiras divergências começam ainda na infância. Quando você diz para seu filho que não é para jogar bola dentro de casa, ele desobedece, quebra alguns enfeites e você o coloca de castigo. Sensibilizado com a carinha de piedade da criança, o pai resolve liberá-lo do castigo sem que você saiba. Por um lado, ele tenta ser bonzinho e ganhar credibilidade com o filho, mas por outro pode não perceber que está tirando sua autoridade e ensinando ao filho a ser uma pessoa sem limites.


O mesmo tipo de situação pode acontecer quando o assunto é dinheiro. Seu filho anda tirando notas ruins e você opta por suspender a mesada até que ele consiga reverter a situação. Isso significa tirar dele temporariamente a fonte de renda para pagar o cinema com amigos, sorvete, passeios no parque, etc. Da mesma forma como aconteceu com o castigo anterior, o marido libera uma grana por fora da mesada para que o filho possa passear com uma namoradinha nova.
A situação também pode inverter-se. De repente o pai da criança é mais firme e você seja compreensível demais e vive dando um jeito de tirar seu filho das enrascadas que ele mesmo cria. A grande questão é que esse tipo de atitude não costuma levar em consideração as implicações posteriores. Se vocês não buscarem uma forma coerente de dar limites aos filhos, de forma que ambos possam respeitar e serem firmes com as escolhas que adotarem para punir as atitudes erradas, como podem cobrar maturidade deles mais tarde?
Se criança ou adolescente ele aprende que pode continuar dando um jeito para conseguir ter acesso a dinheiro, ainda que a mesada tenha sido suspensa pelas notas ruins, ele está aprendendo que não precisa comprometer-se com estudo e responsabilidade para ganhar a própria grana. Se ele foi liberado de um castigo mesmo depois de ter desobedecido a mãe, está aprendendo que não tem obrigação de aceitar “não” como resposta.
E ai lá na frente, se o filho torna-se um adulto irresponsável e pouco comprometido com o trabalho e com a carreira, que frustra-se facilmente em qualquer situação em que é contrariado, os pais sofrem em dobro.
Dar uma boa formação aos filhos não é tarefa fácil, mas exige um comprometimento muito sério em todas as etapas da vida deles. Se você e o pai da criança estão tendo problemas quanto a isso, é hora de tentar achar um meio termo entre o lado muito rígido de um a postura mole demais do outro. O importante é que no fim das contas vocês saibam respeitar as decisões tomadas e que pensem a longo prazo quando precisarem dar aos filhos algum tipo de correção.

domingo, 31 de agosto de 2014

Agressão a professores! Mas e o mandante? Quem é?



Algumas profissões com riscos sociais, químicos, biológicos e físicos conseguem receber uma "gratificação" por insalubridade ou risco.

Não é gratificação nada! É um complemento salarial pelo risco que se corre. Uma assitente social recebe este tipo de compensação se seu trabalho é com pessoas que podem agredir a profissional.

Então é o usuário do sistema público que pode agredir por colapsos, surtos psicóticos, raiva e algum distúrbio mental.

No caso da matéria que segue o usuário que agride é o estudante!

A impressão é que os estudantes são os que cometem o delito. Todavia, quem é o real mandante do delito?

Quem alimenta um sistema que coloca o professor em condição de risco?

Embora existam professores exageradamente narcisistas, caprichoso e colaboracionistas com os sistema da educação liberal e formal, o sistema em si não é acusado de favorecer um ambiente e regras neuróticos contra a saúde social da escola.

Escola é um lugar doente....e a função social dela está ocorrendo às custas do adoecimento da comunidade educativa.

A escola gera doenças mentais. Os estudos variam de informação, alguns dizem que 20% dos professores estão com distúrbios mentais delcarados e já foram afastados uma ou várias vezes de suas atividades temporariamente ou definitivamente. Outros estudos trabalham com dados de 60% de professores afetados por distúrbios mentais.

Eu entendo que professores e estudantes são as vítimas.

O mandante do crime é a falta de democracia e decisão de plano de educação radicalmente debatido.

Não essas melecas padronizadas de metas de aprendizado iguais e dessa educação obrigatória.

Isso que está posto é cadeia sem grades físicas...mas trancafiadas no falso moralismo de que qualquer educaçao é boa!




O Dia Online

Brasil é líder mundial em agressão a professores

Em pesquisa que ouviu 100 mil docentes em 34 países, 12,5% dos brasileiros contam que são agredidos ou intimidados uma vez por semana dentro da escola

Francisco Edson Alves
Rio - No dia 12 deste mês, o professor de Biologia Carlos Cristian Gomes, de uma escola estadual de Sergipe, levou cinco tiros de um aluno de 17 anos, que teria ficado revoltado com uma nota baixa. Gomes está internado em estado grave e respira por aparelhos. Esta semana, professores do Ciep Pablo Neruda, no bairro Laranjal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, ameaçaram parar suas atividades em protesto por causa das constantes agressões verbais desferidas por alunos.

R., 45 , há dois anos teve que sair do Ciep Estaudal Raul Seixas, em Costa Barros, depois de ser agredido por aluno e parentes do estudante
Foto:  Alessandro Costa / Agência O Dia

Os dois casos recentes de violência contra docentes ilustram pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que revela que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil se disseram vítimas de agressões verbais ou intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. A enquete foi feita em todo o mundo e abordou mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O resultado põe o Brasil no topo do ranking de violência em escolas.
“Infelizmente, isso é pura realidade. No Estado do Rio, os professores são vítimas diariamente de vários tipos de agressões físicas e verbais. Tanto que estamos preparando um levantamento sobre o assunto”, diz a professora Beatriz Lugão, diretora do Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ).
De acordo com ela, o clima de violência nas escolas públicas é desencadeado por diversos motivos.
“Sobretudo pela quantidade insuficiente de professores, falta de inspetores, espaços físicos sucateados e insegurança no entorno. No meio disso tudo, como um para-raio, está o professor”, diz ela.
Os índices referentes ao Brasil são os mais altos entre os 34 países pesquisados, onde a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%. Na Coreia do Sul, Malásia e Romênia, o índice é zero.
Além de ataques, professores convivem com ameaças de morte. É o caso de R., 45 anos, que há dois anos teve que sair do Ciep Estadual Raul Seixas, em Costa Barros, depois de retirar um aluno que fazia bagunça na sala de aula e apanhou dele, da mãe e do irmão do estudante. O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna).
No país, só 12,6% consideram que são valorizados
Para Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE, pela escola estar mais aberta à sociedade, os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos. “Essa é uma das possíveis razões pelo quadro revelado pela pesquisa”, argumenta Van Damme.
De acordo com ele, o Estudo Internacional sobre Professores, Ensino e Aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), também expôs que somente um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade. Nesse quesito, a média global alcançou 31%.

Pela enquete, o Brasil está entre os dez últimos da lista em relação ao assunto. No último lugar aparece a Eslováquia, com 3,9%, seguida de França e Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que têm o devido valor perante a sociedade.

A surpresa ficou por conta da Malásia, onde 83,8% dos professores acham que a profissão é valorizada. Cingapura, com 67,6%, e a Coreia do Sul, com 66,5%, também tiveram boas avaliações nesse item. A pesquisa indicou ainda que, apesar dos problemas, a maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com a função.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Brincando de dizer o que os outros devem fazer...em educação!!!


Sou um leitor assíduo da Revista Veja. Toda vez que vou ao dentista eu leio todas as revistas, a Veja uma delas. Nessas oportunidades leio todas de fotos, de fofocas, os livrinhos da Avon. Em 15 minutos eu já folheei todo o lixo e o comi vorazmente.

Sou compulsivo leitor de bobagens. Na última feita encontrei um texto do Claudio de Moura de Castro que para mim é especialista em dizer o que os outros devem fazer em educação.

Um autor que é mestre em dizer o que os outros devem fazer é admirável. Mas no texto intitulado Mexíveis e imexíveis (neologismo criado pele ex-ministro Magri, Cf Google). Este texto pode ser encontrado em: http://cemanosdeitabuna.ning.com/profiles/blogs/mexiveis-e-imexiveis-por-claudio-de-moura-castro.

Que destaco o seguinte trecho: 
Maurício M. Fernandes e Cláudio Ferraz (da USP e PUC-RJ) realizaram uma pesquisa econométrica muito cuidadosa, usando funções de produção para testar o impacto de várias características dos professores (http://www.econ.puc-rio. br/uploads/adm/trabalhos/files/td620.pdf). Com dados do Estado de São Paulo, buscaram testar o impacto de duas variáveis críticas sobre o ensino na 8- série: 1) o domínio da matéria ensinada (usando as provas da Secretaria de Educação, aplicadas aos professores) e 2) as práticas adotadas em sala de aula. Ambas são "mexíveis", pois é possível aperfeiçoar o conhecimento dos mestres e, ainda mais factível, melhorar suas técnicas de ensino.”

E tem uma conclusão sintética e superficial assim destacada no texto “Qualquer professor que adotar práticas hoje recomendadas terá alunos que vão aprender mais”.  

Uma frase do tipo: Se você, professor, fizer o que dizem que você deve fazer, teus alunos terão benefícios! Mágico não é??

Assim, na interpretação desse mestre de obras prontas, ele acredita que o professor não faz o que acha que tem que fazer por que o professor é indolente às inovações e sugestões didáticas e teóricas?!?!?

Eu seguirei com uma retórica nos seguintes termos: Toda vez que eu vi um professore tentar seguir a LDB, novas práticas, o plano pedagógico da escola, a vida dele virou um inferno na escola ou foi denunciado na Secretaria de Educação Municipal ou Estadual. E os que escaparam dessa casa de horrores foi graças à sua politização.

Em geral, os professores que fazem bem seu trabalho são perseguidos, destruídos, isolados e esse autor da Revista Veja é igual ao cara que quer se embriagar com cerveja sem álcool, beber café descafeinado e acredita em pesquisa sem política, medindo com varetas os professores extraídos de suas almas, personalidades e vidas.

Despolitizem-se, tudo é questão das varetas que te medimos!

Em breve volto ao consultório de dentista. Adoro ler texto de terror

domingo, 27 de julho de 2014

Professor bom é professor frito! me traga um bem passado!?


Os dados jornalísticos e estatísticos oficiais no Brasil sempre tem defasagens em relação à realidade. No caso dos dados sobre o ensino isso é também verdade.

Em se adotando essas informações como próximas da realidade, ainda assim, são importantes.

A mídia (1) reproduz informações que 20 % das licenças médicas foram concedidas aos profissionais da educação em decorrência de stress ou estafa em 2012 .

Em outra mídia (2) de 2010 reproduz a informação de que a Síndrome de “burn out” (Síndrome de Professores Fritados) que é mais grave do que estafa foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.

Em uma reprodução sobre dados (3) da Associação de Professores do Estado São Paulo – APEOESP: 41% dos entrevistados afirmaram terem sofrido, no ano anterior à pesquisa, com problemas relacionados a sua saúde mental, deste, 29% foram diagnosticados com depressão e 23% com transtornos de ansiedade. […] Dos profissionais que declararam sofrer de ansiedade ou pânico, 62% não fazem acompanhamento médico regularmente. Entre os que afirmaram sofrer de depressão, 59% não tem acompanhamento médico regular. Para Fábio Santos de Moraes, secretário geral da Apeoesp, a política do governo estadual colabora para este quadro.

Então, a questão de saúde mental dos professores pode ser de aproximadamente 20% declarada e encaminhada e de 60% sem qualquer encaminhamento.

Noutro artigo (4) reproduz se que: As licenças médicas em 2006 no Estado de São Paulo foram cerca de 140 mil, com longo tempo de afastamento, seguindo uma média de 33 dias. Esses afastamentos geraram prejuízo financeiro para o país em torno de 235 milhões de reais.

Se vamos para estudos de caso científicos (5)  o percentual de transtornos mentais e comportamentais 18,99% em outro artigo afirma-se que 67,1% dos professores pesquisados apresentaram stress apenas  e 32,9% não apresentaram sintomas significativos do stress (6).

Então, que tipo de educação, ambiente escolar e sistema de ensino se pode dizer que há qualidade se parte dos afastamentos é por transtornos mentais e que a profissão é o principal desencadeador e agravante desses casos?

Insisto muito com meus amigos professores....mintam...trapaceiem a escola, sejam cúmplices dos estudantes, tentem se divertir e descobrir modos de burlar a loucura a que são submetidos...o sistema não pode ter compromisso com o professor e prefere pagar licenças, aposentadorias precoces do que  criar ambientes saudáveis.

  1. http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/01/cresce-numero-de-professores-afastados-por-problemas-psicologicos.html
  2. http://www.cnte.org.br/index.php/comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/5293-sindrome-de-burn-out-e-a-terceira-maior-causa-de-afastamento-do-trabalho 
  3. http://www.apeoesp.org.br/noticias/noticias/estresse-depressao-e-ansiedade-os-inimigos-do-professor-da-rede-publica-de-sp/
  4. http://www.mundoeducacao.com/educacao/a-consequencia-estresse-nos-professores.htm 
  5. http://bibliotecadigital.unec.edu.br/ojs/index.php/unec03/article/viewFile/289/365
  6. http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n10/n10a09

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vagina e poder por A Teteia foi a Feira


OBS: A libertação da mulher é fundamental para todas a mudanças humanistas e socialistas...quem vai reeducar esse médicos???

original: http://ateteiafoiafeira.blogspot.com.br/2014/07/vagina-e-poder.html?showComment=1406244590104#c8188201853220185963

Vagina e poder

 
Depois que eu e meu parceiro de vida começamos a pensar em gravidez, passamos a buscar informações e nos surpreendemos ao perceber que aquilo que é mais desejado pelo casal, tem grandes chances de se tornar um caminho de dor e violências.

Descobrimos uma rede de mulheres organizadas pelo parto ativo, engajadas na missão de mostrar que a mulher é (e assim deve ser reconhecida) como a protagonista da gestação e do nascimento.

Há um conjunto de textos, entrevistas e até filme sobre a 'violência obstétrica', uma expressão que parece estar sendo ainda desvendada em sua significância - como definir o que é ou não violência obstétrica, na psicologia, na área médica ou na juridica, e depois, como implantar um sistema de proteção contra a violência obstétrica, alterando um conjunto de práticas nefastas repetidas ao longo de anos?

Num debate sobre violência obstétrica, veiculado pela TV Cultura, em seu canal Web (http://tvcultura.cmais.com.br/jcdebate/videos/jc-debate-sobre-violencia-obstetrica-06-03-2014), a médica obstetra afirma que os médicos chegam a inventar argumentos para levar uma mulher à cesárea, ou seja, eles mentem para não ter que esperar o tempo natural do parto. O motivo é financeiro, os planos de saúde pagam o mesmo valor por um parto, tenha sido uma cesárea de uma 1 hora ou um parto vaginal de 12 horas. No debate ela apresenta uma série de dados assustadores sobre o número de cesáreas no Brasil (muito acima do recomendado pela OMS) e o uso excessivo de fórceps, entre outros procedimentos desnecessários e agressivos cometidos por profissionais da saúde formados numa cultura médica moldada por interesses comerciais. No mesmo debate, a defensora pública explica que a luta é criar a legislação, pois não existe violência obstétrica juridicamente falando! Ela disse que o que a justiça faz, por enquanto, é enquadrar em outros crimes como lesão corporal e danos morais.

A medicina exercida atualmente no Brasil é mesmo comercial, e mulher é carne no açougue. Nossos médicos podem mutilar as vaginas e barrigas das mulheres, puxar a fórceps seus filhos, causar dores terríveis e privar mulheres da experiência que pode ser a mais significativa, natural (animal) e humana, na vida de uma mulher, homem, e filh@.

A criança nasce com horário marcado, diferente do horário que os corpos desejam e para o qual se preparam. O hormônio natural (ocitocina) que existe no nosso corpo especialmente para o momento do parto, que regula todos os tempos entre mãe e filh@, é substituído pela ocitocina sintética, criada artificialmente e injetada a doses cavalares para acelerar o parto.

Além do aspecto econômico que subjuga mulher e família a práticas cruéis, há ainda o contexto cultural, ou seja, o machismo com seu horror a vagina. O artigo de Ligia Moreiras Sena, bióloga e doutoranda em Saúde Coletiva, disponível no link http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2014/04/gata-eu-quero-ver-voce-parindo.html, fala sobre a rejeição ao parto vaginal e ao próprio uso da palavra vagina.

Eliane Brun, em seu artigo Por que a imagem da vagina provoca horror?, publicado na revista Época (http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/06/por-que-imagem-da-vagina-provoca-horror.html) conta o espanto da mulher que trabalha em sua casa como empregada doméstica quando se deparou com um quadro novo que ela havia comprado. E segue revelando outras histórias de horror à obra (replicada no quadro comprado) A origem do mundo, de Gustav Coubert, que retrata a vagina de uma mulher deitada com as pernas abertas, como se tivesse acabado de gozar. Por fim ela se pergunta se é ela a maluca da história por ter gostado tanto de ver aquela vagina escancarada, quando a reação da maioria das pessoas é de rejeição. Na história dessa e de outras obras que trazem a vagina na tela, assim como a experiência que teve a trabalhadora doméstica, eram de horror.

Contraditório se pensarmos na quantidade de revistas pornográficas que estampam mulheres nuas nas bancas, ou nos programas de TV com suas panicats e xuxas... Ou seja, mulher pelada pode, desde que seja sempre numa condição de objeto sexual, e não de protagonista do desejo ou de qualquer coisa que seja.

O mesmo acontece na hora do parto, em que no lugar da mulher ativa e protagonista, só há espaço para a mulher objeto de intervenções cirúrgicas, que por vezes têm suas vaginas mutiladas pela episiotomia – procedimento desnecessário e contra-indicado, mas amplamente utilizado. Nesse sentido, vale a pena conferir o trabalho da fotógrafa Carla Raiter e da produtora Caroline Ferreira no site: http://carlaraiter.com/1em4/.

Fico pensando que a opressão está presente, muito presente, presente em tantos atos cotidianos e tão carregada de medo, nojo ou ódio... às vezes tenho a impressão que com toda a recusa que a sociedade tem em aceitar seus preconceitos diversos, o machismo ainda resiste a 'sair do armário'. Me indigna aquela história de que a mulher tem inveja do pênis do homem. É quase como dizer que nascemos já como opositores, e que o torturado tem inveja do cassetete que seu torturador possui. Talvez se fosse o inverso, ele é que poderia estar torturando. É como dizer que ao oprimido só cabe querer ser opressor. E nessa história de oprimidos e opressores, a guerra nunca acaba. Também poderíamos dizer que o homem tem medo da vagina da mulher, medo de seu poder. Mas não vejo solução ao enfatizar essa relação de opostos....

Mas tem essa coisa do ‘poder’: o ‘poder sobre’ – o poder para dominar, agredir, estar nos melhores cargos, ter mais dinheiro; e o ‘poder ser’, o ‘poder fazer’ - que vem antes disso e legitima isso. Ou seja, se o homem pode ter seu falo representado das mais diversas formas, se pode andar sem camisa, ser papa ou não ser criminalizado pelo aborto de seu filho, o que a mulher pode? E se ela não pode ter filhos como protagonista, não pode exercer a maternidade porque o mercado não deixa, não pode mostrar o peito, então, novamente, o que ela pode?

É esse entendimento libertário do parto ativo que me fez gostar tanto disso, porque é sim uma questão de empoderamento, e isso é fundamental discutir em feminismo. E o mais interessante: é empoderamento para uma experiência essencialmente feminina. Poder ser mulher, poder ser mãe, poder participar ativamente daquilo que ninguém sabe fazer melhor do que uma mãe.

Quem sabe no dia que a sociedade aprender a respeitar o ‘poder ser’ mulher, a gente consiga viver com mais igualdade e paz.